O movimento de resistência islâmica Hamas está organizando protestos de apoio à Palestina nos dias 28, 29 e 30 de outubro, em resposta à ofensiva israelense que afeta Gaza, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia. A chamada à mobilização foi divulgada em um comunicado na última terça-feira, onde o grupo também criticou o suporte militar dos Estados Unidos a Israel.
Os protestos visam reunir pessoas de diversas nações árabes, islâmicas e de outras partes do mundo, incentivando uma ação coletiva para pressionar Israel a interromper os ataques e o cerco a civis, incluindo crianças e mulheres. A organização enfatiza a necessidade de expor o envolvimento dos EUA na situação, chamando a atenção para a “guerra genocida” que afeta o povo palestino.
Desde o rompimento do cessar-fogo em janeiro, Israel intensificou as ofensivas em Gaza, resultando na morte de, pelo menos, 800 indivíduos, a maioria mulheres e crianças, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. Este aumento da violência também gerou preocupações com a segurança de jornalistas e cineastas que cobrem a situação. Na última segunda-feira, dois jornalistas foram mortos enquanto trabalhavam na região.
A destruição de hospitais e o agravamento da crise humanitária em Gaza têm levado o Hamas a apelar por uma participação popular em protestos globais. A organização argumenta que o apoio incondicional dos EUA e a inação da comunidade internacional exigem uma mobilização para interromper os ataques e a fome enfrentada pela população.
No mesmo pronunciamento, o Hamas pediu aos líderes das nações árabes e islâmicas que reconheçam suas responsabilidades históricas em relação à situação na Palestina, denunciando as ações israelenses contra o povo e os locais sagrados.
A recente escalada do conflito entre Israel e Palestina se intensificou desde o ataque do Hamas em outubro, resultando em uma série de bombardeios massivos sobre Gaza. As reações de Israel incluem promessas de anexação de partes do território caso os reféns não sejam entregues e o Hamas não seja neutralizado. Essa situação é marcada por uma crescente onda de tensão e violência que continua a afetar milhares de vidas na região.