A União Europeia (UE) completou a entrega do último lote de equipamentos às Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) como parte do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz. Este investimento, avaliado em 85 milhões de euros, tem como objetivo fortalecer a segurança em Cabo Delgado, uma região que enfrenta sérios desafios devido a ataques terroristas. A iniciativa reflete o comprometimento da UE com o povo moçambicano, buscando contribuir para a estabilização da área e promover ações de desenvolvimento e ajuda humanitária.
Apoio militar às FADM
O apoio fornecido incluiu equipamento não letal, projetado para reforçar a capacidade operacional das unidades militares moçambicanas. Isso abrangeu itens como capacetes balísticos, coletes, redes de camuflagem, além de equipamentos coletivos como tendas de campanha, geradores, reservatórios de água e veículos. Entre os itens oferecidos estão também ambulâncias, barcos, drones e um hospital de campanha.
Esses materiais foram distribuídos para equipar 11 unidades das Forças de Reação Rápida (QRF), envolvendo mais de 1.700 militares. A formação destes soldados foi realizada anteriormente pela Missão de Formação Militar da UE em Moçambique (EUTM-MOZ), sob a liderança de Portugal, focando no combate à insurgência em Cabo Delgado.
Implementação da estratégia no terreno
Os comandos e fuzileiros moçambicanos, que passaram pelo treinamento da EUTM-MOZ, já estão ativos no terreno. Eles têm assumido posições estratégicas após a retirada total, em junho do ano passado, das forças militares dos países da África Austral que apoiavam Moçambique no combate ao terrorismo. Atualmente, o Ruanda continua a prestar apoio ao exército moçambicano nas operações na região.
Mudanças na missão de apoio
Em 2024, a União Europeia anunciou a adaptação dos objetivos estratégicos da EUTM-MOZ. A missão, que se iniciou com um foco em treinamento, tornou-se uma missão de assistência, passando a ser designada como Missão de Assistência Militar da UE em Moçambique (EUMAM-Moz) a partir de 1º de setembro do mesmo ano. Essa transição reflete um novo enfoque na colaboração e apoio contínuo às Forças Armadas de Defesa de Moçambique.