O rei Abdullah II da Jordânia rejeitou, durante uma reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, a proposta de transferir todos os palestinos da Faixa de Gaza para a Jordânia e o Egito. Essa proposta gerou uma discussão tensa no Salão Oval, onde Trump reiterou a ideia de que os Estados Unidos devem assumir o controle sobre o enclave palestino.
Cenário da Reunião
Abdullah demonstrou otimismo ao afirmar que via em Trump “alguém disposto a levar a paz à região”. A Jordânia e o Egito, que dependem significativamente do apoio americano para garantir sua segurança, compartilharam preocupações semelhantes em relação à proposta de relocação de palestinos.
Rejeição da Proposta
O ministro da Defesa do Egito também se manifestou, afirmando que a reconstrução da Faixa de Gaza deve ocorrer com a presença dos palestinos na região. O presidente egípcio, Abdel Fattah el-Sisi, destacou a importância de reconstruir Gaza sem deslocar sua população e garantir seus direitos. Para ele, a prioridade deve ser tornar a região habitável novamente, em meio à grave situação humanitária.
Consequências Regionais
A proposta de Trump de controlar Gaza tem causado desconforto entre países árabes e alterado as dinâmicas do conflito na região, favorecendo Israel. Na sequência, Trump lançou um ultimato ao Hamas, exigindo a libertação de reféns israelenses sob pena de enfrentar severas consequências. Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, declarou que, caso o Hamas não cumpra a exigência, os ataques a Gaza serão retomados.
Posição da Jordânia
Após o encontro, Abdullah evitou dar declarações aos jornalistas, mas se manifestou nas redes sociais, reafirmando a posição da Jordânia contra o deslocamento dos palestinos. Ele reiterou a posição unificada dos países árabes, enfatizando que a reconstrução de Gaza deve priorizar a permanência da população palestina na região.
Além disso, o rei destacou que a Jordânia receberá mil crianças palestinas doentes para tratamento, um gesto que foi elogiado por Trump e que pode ter amenizado a expectativa de retenção da ajuda americana ao país. Abdullah foi o primeiro líder árabe a se encontrar com Trump desde o anúncio do plano que busca transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”.








