A recente Conferência Política de Ação Conservadora (CPAC) nos Estados Unidos trouxe à tona questões relevantes sobre o futuro político do país. O evento, que contou com a presença de figuras influentes da direita, como Steve Bannon e Donald Trump, reflete um sentimento crescente de radicalização dentro do conservadorismo americano.
Gestos provocativos, como os que foram vistos de Elon Musk e Steve Bannon, são um sinal de uma nova estratégia de comunicação. Bannon, em sua fala para uma plateia animada, questionou: “Vocês estão preparados para lutar por este país?”. Suas palavras ressoaram entre os participantes, que veem um futuro desafiante pela frente.
No cenário internacional, a CPAC deste ano se destacou pela presença de líderes de extrema direita da Europa, como Giorgia Meloni e Nigel Farage, indicando uma tendência de aliança transcontinental entre movimentos conservadores. O destaque foi para András László, do Partido Patriotas pela Europa, que reforçou a ideia de que a História está ao favor destes grupos.
Em meio a um clima de determinação e bravura, Bannon concluiu seu discurso com um enérgico apelo à resistência: “Só perderemos se desistirmos. E só não venceremos se recuarmos.” Essa mobilização mostra como a retórica radical pode estar se tornando uma norma nesse meio.
A participação do presidente argentino, Javier Milei, na conferência, também atraiu atenção ao ser ovacionado por suas declarações e pela entrega de uma motosserra a Elon Musk. Para o Brasil, Eduardo Bolsonaro, frequente presença na CPAC, fez um discurso controverso, denunciando acusações contra seu pai, ex-presidente Jair Bolsonaro, como um “golpe de Estado Disneyland”.
O ambiente de especulação se intensificou com Trump insinuando a possibilidade de um terceiro mandato. Apesar da 22ª Emenda Constitucional limitar os presidentes a dois mandatos, ele e seus apoiadores flertam com a ideia, evidenciando uma quebra nas normas democráticas.
Essas movimentações na política dos EUA e o eco entre os conservadores internacionais levantam questões sobre a resiliência das instituições democráticas e o futuro do conservadorismo no país. Com drásticas mudanças acontecendo em tão pouco tempo, a dinâmica política americana pode estar prestes a passar por transformações profundas nos próximos anos.







