Os ministros de relações exteriores da União Europeia (UE) decidiram que facilitarão as sanções impostas à Síria, em um contexto de mudanças políticas significativas no país. A alta representante da UE para relações exteriores, Kaja Kallas, anunciou essa decisão em 27 de janeiro de 2025, alertando que as restrições podem ser reestabelecidas se o novo governo tomar decisões desfavoráveis.
Kallas enfatizou que a abordagem da UE será cautelosa e que a reversão das sanções será considerada se houver ações indiscretas por parte dos líderes rebeldes do Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Os ministros da UE delinearam um caminho para a flexibilização das medidas restritivas, destacando a intenção de agir rapidamente.
Após a renúncia de Bashar al-Assad em dezembro de 2024, o HTS prometeu à comunidade internacional que assegurará justiça social e a realização de eleições democráticas, buscando reconhecimento global e apoio. O líder do grupo rebelde, Mohammed al-Bashir, está focado em desmantelar as sanções e buscar financiamento para a reconstrução da Síria.
A prioridade expressa pelo ministro da UE na França, Jean-Noel Barrot, é a remoção das sanções que afetam os setores de energia e transporte. Ele declarou a intenção de levantar e suspender certas sanções dessa natureza, considerando a importância da estabilização financeira do país.
Em contrapartida, a UE decidiu manter as restrições à Rússia, devido às consequências negativas de suas ações. As sanções estavam programadas para terminar em 31 de janeiro, a menos que houvesse um consenso entre os 27 países-membros, com a Hungria sendo o último a se pronunciar. A Rússia, por sua vez, continua a oferecer asilo a Assad, complicando ainda mais a situação política na região.