Os preços do arroz na Ásia, especialmente na Índia, o maior exportador mundial, estão passando por uma significativa redução, alcançando os menores níveis em 18 meses. Essa queda nos preços é impulsionada pelo aumento da oferta do produto, com a depreciação da rupia indiana e a diminuição na demanda global.
Desempenho do arroz indiano
Recentemente, a variedade parboilizada de arroz com 5% de grãos quebrados da Índia foi cotada entre US$ 429 e US$ 435 por tonelada métrica, o que representa o menor preço desde julho de 2023, comparado aos US$ 431 a US$ 440 na semana anterior. Além disso, o arroz branco indiano com 5% de grãos quebrados apresentou preços variando de US$ 432 a US$ 440 por tonelada.
Os traders destacam que a abundância de suprimentos na Índia levou os compradores a adotarem uma abordagem cautelosa e a oferecer preços mais baixos. Os estoques de arroz indiano atingiram um recorde de 60,9 milhões de toneladas métricas, superando em oito vezes a meta governamental. Apesar de algumas restrições de exportação ainda estarem em vigor, as exportações começaram a recuperar ritmo com a suspensão de muitas limitações nos últimos meses.
Queda nos preços na Tailândia e Vietnã
No contexto tailandês, o arroz com 5% de grãos quebrados caiu de US$ 460 a US$ 465 na semana passada para US$ 450 a US$ 455 esta semana. Essa redução é atribuída à desaceleração da demanda, com os preços atingindo seu menor patamar desde dezembro de 2022. A Indonésia, um dos principais importadores, está comprando menos arroz, impulsionada por uma produção interna melhor.
Por sua vez, o arroz quebrado de 5% do Vietnã foi oferecido a US$ 417 a tonelada, uma diminuição em relação aos US$ 422 da semana anterior, marcando o menor preço desde setembro de 2022. De acordo com traders locais, a atividade comercial está fraca devido à proximidade do Ano Novo Lunar, e a expectativa é que não haja compras significativas até fevereiro.
Perspectivas de importação em Bangladesh
Enquanto isso, o governo de Bangladesh planeja importar 700.000 toneladas de arroz para o atual ano fiscal, encerrando em junho. Essa ação visa fortalecer os estoques de alimentos, considerando a crise de custo de vida exacerbada pela inflação em alta.