O agronegócio brasileiro se prepara para um 2025 promissor, após importantes avanços regulatórios e comerciais. Recentemente, a sanção da Lei n. 15.042/24 trouxe à tona o “mercado regulado” de créditos de carbono, essencial para a sustentabilidade do setor. Essa legislação reconhece as atividades agropecuárias como não geradoras de Gases de Efeito Estufa (GEEs), alinhando-se às diretrizes discutidas na COP-28 sobre a contribuição do agronegócio nas questões climáticas.
Com a introdução de Cotas Brasileiras de Emissão (CBE) e Certificados de Redução ou Remoção Verificada de Emissões (CRVE), os créditos de carbono se tornam ativos financeiros transacionáveis, facilitando a interação de agentes econômicos. A regulamentação das transações vai criar um ambiente favorável no mercado financeiro, com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) atuando como agente regulador.
As expectativas são de que um mercado de créditos de carbono ajude o agronegócio a movimentar cerca de R$ 30 bilhões anualmente, refletindo um potencial significativo de crescimento, especialmente em um cenário de crescente valorização do preço do boi gordo.
Acordo Mercosul-UE
Com a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia em dezembro, o cenário se transforma, e o agronegócio brasileiro ganha destaque nas relações internacionais. Aproximadamente 20% das exportações agropecuárias do Brasil são destinadas ao mercado europeu, e o novo entendimento promete estabelecer um novo paradigma comercial.
Esse acordo não só abre oportunidades de mercado, mas também reflete uma responsabilidade compartilhada em relação ao desenvolvimento sustentável e à descarbonização da economia. A União Europeia se compromete a oferecer um pacote de cooperação para apoiar a implementação das diretrizes acordadas, visando integrar cadeias produtivas sustentáveis.
Perspectivas para o Futuro
Embora a conjuntura econômica apresente desafios, como a elevação da taxa de juros e a flutuação do câmbio, a nova regulação de créditos de carbono e o acordo com a União Europeia trazem um otimismo renovado para o agronegócio. A combinação desses fatores posiciona o Brasil para um avanço significativo em um mercado global cada vez mais exigente em termos de sustentabilidade.
Com o horizonte de 2025 à vista, resta esperar que o setor entre com o pé direito, aproveitando as novas regulamentações e as oportunidades geradas pelos acordos internacionais. O futuro do agronegócio brasileiro parece promissor, e esperamos um ano de grandes conquistas e inovações.