7 de agosto de 2025
quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Você vive pensando no pior? Descubra como sair desse ciclo

Sabe aquele pensamento que insiste em criar verdadeiros roteiros de tragédia toda vez que surge um desafio ou uma incerteza? Isso tem nome: catastrofização. E por mais comum que seja, esse hábito mental pode sugar a nossa paz, aumentar a ansiedade e nos afastar das experiências mais leves e transformadoras da vida.

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Neste texto, vamos conversar sobre por que nossa mente insiste em esperar o pior, como isso afeta a saúde mental e, principalmente, como mudar esse padrão e encontrar mais equilíbrio emocional no dia a dia.

Por que pensamos sempre no pior?

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A catastrofização acontece quando imaginamos cenários muito piores do que realmente são. Sabe quando algo pequeno, como esquecer de entregar um relatório, se transforma em “vou ser demitido, nunca mais vou conseguir emprego e minha vida acabou”? Esse é o nosso cérebro superestimando ameaças e minimizando nossa capacidade de lidar com os problemas.

Esse padrão de pensamento é uma distorção cognitiva estudada pela psicologia. Ele se manifesta tanto em situações do cotidiano quanto em momentos mais desafiadores, sempre pintando o futuro de tons sombrios. E, apesar de parecer um mecanismo de defesa – afinal, se eu esperar pelo pior, pelo menos não me decepciono –, na prática só alimenta mais ansiedade, insegurança e sensação de fracasso.

O impacto disso na sua vida

Pensar no pior rouba a alegria do presente e pode sabotar suas conquistas. Pessoas que vivem nesse ciclo tendem a se isolar, evitam tentar coisas novas, deixam oportunidades passarem e, muitas vezes, reforçam exatamente aquilo que tanto temem. É como se a mente fosse um roteirista de tragédias, sempre pronta para transformar cada detalhe em um grande desastre.

A neurociência explica que, ao alimentar esses pensamentos negativos, nosso cérebro ativa o modo de alerta e libera menos serotonina e dopamina, substâncias ligadas ao prazer, bem-estar e motivação. O resultado? Mais estresse, cansaço emocional, dificuldade para relaxar e tomar decisões e até mesmo sintomas de ansiedade e depressão.

De onde vem esse hábito de catastrofizar?

Normalmente, ele surge como uma tentativa (equivocada) de se proteger da decepção e da incerteza. Muitas pessoas também foram ensinadas a usar o medo como forma de motivação – frases como “se não estudar, nunca vai ser alguém na vida” podem até parecer inofensivas, mas marcam profundamente a forma como enxergamos os desafios.

O problema é que viver sempre na defensiva nos impede de experimentar o novo, bloqueia a criatividade e diminui nossa autoconfiança. O medo excessivo paralisa e esgota nossas energias.

Como mudar esse padrão?

A boa notícia é que hábitos mentais podem ser transformados. Com autocuidado, psicologia e técnicas simples de autopercepção, dá para construir uma relação mais saudável com a sua mente.

Veja algumas dicas práticas inspiradas pela terapia cognitivo-comportamental:

  1. Reconheça o pensamento catastrófico

Preste atenção aos seus padrões mentais. Quando perceber frases do tipo “nunca vou conseguir”, “vai dar tudo errado”, “isso é insuportável”, pare e reconheça: “ok, estou catastrofizando”.

  1. Questione suas próprias ideias

Só porque pensou, não significa que é verdade. Pergunte: “Existe outra possibilidade?”, “Já passei por algo parecido e consegui superar?”. Traga o pensamento para um cenário mais equilibrado.

  1. Substitua pelo realismo

Tente criar versões mais realistas e gentis dos seus pensamentos. Por exemplo: “Errei no relatório, mas posso corrigir, pedir ajuda, aprender. Não é o fim do mundo”.

  1. Aceite a incerteza como parte da vida

A coragem não é ausência de medo, mas sim decidir agir apesar dele. Meditação, respiração consciente e pequenas exposições a situações desconfortáveis ajudam a fortalecer esse “músculo emocional”.

  1. Foque nos seus valores, não no medo

Troque o “preciso fazer isso para não fracassar” por “quero fazer isso porque é importante para mim”. Propósito motiva mais do que ameaça.

Transforme a sua relação com os desafios

Lembre-se: catastrofizar é um hábito, não uma sentença. Praticando o autocuidado, a auto-observação e cultivando hábitos saudáveis, é possível resgatar a leveza, a motivação e experimentar uma vida mais plena, sem deixar que o medo dite o ritmo dos seus dias.

A sua mente pode sim ser uma aliada na construção do equilíbrio emocional. E o primeiro passo começa com uma escolha: pausar, respirar e dar espaço para novas possibilidades.

Se essa reflexão fez sentido para você, compartilhe com alguém que vive sofrendo por antecipação. Afinal, transformar a saúde mental começa por um pensamento de cada vez. Você merece viver com mais paz e alegria, sem criar tragédias imaginárias. Dê esse passo – sua vida agradece.

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