Instabilidade de humor, impulsividade e distorções na percepção da realidade são experiências comuns para quem convive com transtorno de personalidade borderline. Esse transtorno, que afeta as relações interpessoais e a autoimagem, atinge cerca de 1,8% da população mundial. Apesar de sua prevalência, muitas pessoas, inclusive profissionais de saúde, têm dúvidas sobre a condição.
O diagnóstico preciso e o tratamento adequado, envolvendo uma equipe multiprofissional, são essenciais para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No entanto, o estigma ainda é um grande desafio, contribuindo para o isolamento dos indivíduos e a propagação de mitos.
Características do Transtorno de Personalidade Borderline
O transtorno de personalidade borderline é marcado por mudanças de humor, impulsividade e sentimentos intensos, muitas vezes levando à agressividade. Pacientes sentem frequentemente medo de abandono, o que afeta negativamente os relacionamentos pessoais, a vida familiar e a carreira. As causas, ainda não completamente compreendidas, parecem ser uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Diagnóstico do Transtorno de Personalidade Borderline
O diagnóstico do transtorno é um desafio, já que muitos profissionais de saúde têm conhecimento limitado sobre sua apresentação. O diagnóstico é clínico, feito a partir da avaliação médica e da descrição dos sintomas pelo paciente, sem a necessidade de exames laboratoriais ou de imagem.
Diferença entre Borderline e Transtorno Bipolar
Apesar das semelhanças nos sintomas, o transtorno borderline e a bipolaridade são condições distintas. A bipolaridade é cíclica, com episódios de pelo menos duas semanas, incluindo depressão e mania, enquanto o borderline é caracterizado por instabilidade contínua e um vazio persistente.
Tratamento para o Transtorno de Personalidade Borderline
O tratamento é individualizado, considerando as características específicas de cada paciente. Embora geralmente inclua terapia cognitivo-comportamental, pode envolver o uso pontual de medicamentos prescritos por médicos especializados. Além de psiquiatras e psicólogos, outras especialidades podem ser necessárias para fornecer suporte abrangente ao paciente.