Importância das obras rodoviárias e desafios de desapropriação
Projetos de infraestrutura nas rodovias têm papel central no desenvolvimento econômico, na integração regional e na melhoria da qualidade de vida. No entanto, a implantação dessas iniciativas costuma exigir processos de desocupação e desapropriação de terrenos.
Bases legais para intervenções em propriedades
Embora gerem oposição em alguns casos, essas medidas têm respaldo jurídico e visam atender ao interesse público. A liberação de terrenos ocupados irregularmente na faixa de domínio obedece a determinações do DNIT e à legislação nacional. As desapropriações, mecanismo legal para aquisição de propriedades, são previstas pela Constituição de 1988 no artigo 5º, que assegura indenização justa quando comprovada a necessidade pública, princípio também contemplado no Decreto-Lei 3365/1941.
Impactos operacionais e econômicos
Esses procedimentos são imprescindíveis para viabilizar os investimentos previstos em contratos de concessão, pois atrasos na obtenção de áreas podem causar adiamentos, sobrecustos e prejuízos à população. As empresas responsáveis apresentam aos órgãos competentes planos detalhados, com avaliações de impacto e medidas para reduzir as consequências sociais, observando princípios como transparência e equidade.
Dados da ANTT mostram que, entre 2020 e 2024, aproximadamente 1.200 km de rodovias federais tiveram intervenções postergadas ou alteradas por questões fundiárias. Em contraste, empreendimentos que resolveram essas pendências de forma eficiente registraram melhorias significativas: redução de 40% nos acidentes graves e crescimento de 25% na atividade econômica local, segundo pesquisas do Ipea.
Projetos estratégicos e benefícios regionais
A Ecovias 101 prepara-se para investir R$ 10 bilhões em ampliações e melhorias, incluindo duplicações, obras complementares e adequações urbanas. Nos municípios de Ibiraçu e Fundão, no Espírito Santo, serão construídos desvios rodoviários de 3,2 km e 11,4 km, respectivamente, para retirar o tráfego pesado dos centros urbanos. Essas intervenções buscam equilibrar progresso, equidade social e preservação ambiental, representando o desafio de conciliar necessidades públicas variadas.








