A Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag) conduziu uma reunião estratégica em Vitória, com a participação de instituições financeiras e entidades do setor agropecuário. O foco desse encontro foi alinhar metas para o Plano de Crédito Rural do Espírito Santo 2025/2026. Estiveram presentes bancos como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banestes, além de organizações que apoiam o agronegócio, como Agricultura Forte e Incaper, assim como representantes de ministérios federais.
A discussão incluiu análises de cenários econômicos e desafios que influenciam as políticas de financiamento rural, buscando ampliar o acesso ao crédito e promover um desenvolvimento sustentável no agronegócio capixaba.
Resultados históricos em crédito rural
O Espírito Santo registrou um desempenho excepcional no ano-safra 2024/2025, com R$ 8,88 bilhões em crédito rural, o que representa um aumento de 24,5% em comparação ao ciclo anterior, que obteve R$ 7,1 bilhões. Esse resultado superou a meta inicial de R$ 8,5 bilhões e se destaca, já que a maioria dos estados vivenciou uma queda nas aplicações de crédito rural.
O secretário de Estado da Agricultura, Enio Bergoli, ressaltou que esse êxito reflete o ambiente favorável para investimentos no setor: “O Espírito Santo mostrou que, mesmo diante de um cenário nacional desafiador, conseguimos alcançar um recorde histórico no crédito rural. Essa conquista demonstra a confiança nas políticas públicas estaduais e a eficácia do Plano de Crédito Rural”.
Impacto das parcerias estratégicas
Danieltom Vandermas, gerente de Dados e Análises da Seag, afirmou que a utilização estratégica de informações e a colaboração entre os atores do setor são fundamentais para o sucesso. O Plano de Crédito Rural é parte do novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4 – 2023/2032), que projeta R$ 12 bilhões em aplicações até 2032.
Distribuição do crédito no ciclo 2024/2025
No ciclo atual, as linhas de crédito foram majoritariamente direcionadas ao custeio, com R$ 3,7 bilhões, e investimentos, totalizando R$ 2,8 bilhões. A agricultura familiar também teve uma presença importante, com 32.109 operações realizadas, totalizando R$ 2,5 bilhões, o que representa um crescimento significativo. Esses dados indicam a relevância da agricultura familiar no domínio do crédito rural, composta por mais de 70% das operações no Espírito Santo.
Com esses avanços e planos, o Espírito Santo se posiciona cada vez mais como um polo de crédito rural e desenvolvimento agropecuário no Brasil.