Antes mesmo de ser eleito presidente, Jair Bolsonaro já estava com sua família articulando conexões com líderes da extrema-direita nos Estados Unidos. O filho de Bolsonaro, Eduardo, desempenhou um papel ativo nessa aproximação desde 2019. A partir deste ano, uma série de eventos demonstraram a união entre bolsonaristas e apoiadores de Donald Trump. A mais recente consequência dessa aliança foi um aumento de 50% nas tarifas sobre importações brasileiras pelos EUA, que entrará em vigor em 1º de agosto.
Essa conexão ganhou evidência durante a campanha eleitoral de Bolsonaro em 2018. Na ocasião, representantes do governo Trump, incluindo líderes cristãos, participaram de eventos no Brasil, expressando apoio a Bolsonaro e pressionando para que a embaixada brasileira em Israel fosse transferida para Jerusalém. Embora a transferência não tenha ocorrido, um escritório comercial foi inaugurado na cidade.
Eduardo Bolsonaro e os Laços com a Extrema-Direita Americana
Durante o governo Bolsonaro, Eduardo intensificou suas relações com conservadores americanos. Ele participou de numerosos encontros com membros da extrema-direita dos EUA, incluindo reuniões próximas à invasão do Capitólio em 2021. A aproximação culminou com uma comitiva americana no Brasil em 2021, coincidente com discursos de Jair Bolsonaro instigando seus apoiadores.
Eventos Financiados e Impactos Política
A plataforma social Gettr, ligada a ex-assessores de Trump, patrocinou eventos conservadores no Brasil, reforçando a aliança entre o núcleo bolsonarista e a ala trumpista americana. Esses eventos serviram como plataformas não oficiais de pré-campanha eleitoral para Jair Bolsonaro.
Influência dos Estados Unidos após Derrotas Eleitorais
Pós-eleições, Jair Bolsonaro adotou estratégias semelhantes às de Trump, não reconhecendo a derrota e desafiando o sistema eleitoral. Figuras como Steve Bannon incentivaram esse comportamento, veiculando discursos de resistência contra o resultado eleitoral.
Investigações revelaram que agentes ligados a Eduardo Bolsonaro participavam da disseminação de desinformação sobre fraudes nas urnas eletrônicas, uma prática condenada por investigações judiciais no Brasil.
Movimentações Pós-Eleições nos EUA
Com a vitória de Lula, Eduardo Bolsonaro expandiu suas atividades nos EUA, estabelecendo parcerias com influenciadores alinhados com a extrema-direita. Ele fomentava sanções contra o Brasil como meio de pressão política sobre as instituições democráticas brasileiras.
Eduardo Bolsonaro e o Anúncio do Tarifaço
Em março de 2025, Eduardo se afastou do Brasil para focar em atividades nos EUA, onde apoiou políticas de pressão do governo Trump sobre o Brasil, resultando em tarifas comerciais pesadas. Ele tinha como objetivo usar essa situação para influenciar decisões políticas no Brasil a favor de Jair Bolsonaro, que enfrenta processos judiciais significativos.






