Moradores das comunidades Vila Esperança e Vale da Conquista, localizadas no bairro Jabaeté, em Vila Velha, realizaram um protesto na manhã de terça-feira, 25, contra uma ordem de despejo que ameaça cerca de mil famílias. O ato aconteceu na sede da Prefeitura, em resposta à revogação de um decreto que reconhecia a área ocupada como de interesse social para moradia.
Reintegração de posse marcada
A reintegração de posse foi determinada pela Justiça e está agendada para sexta-feira, 28. Sem alternativas habitacionais, os manifestantes solicitam a suspensão da decisão. Durante o protesto, dezenas de pessoas invadiram o prédio da Prefeitura em busca de uma reunião com o prefeito Arnaldinho Borgo (Podemos).
Conflito e bloqueio de via
De acordo com informações da TV Sim/SBT, os manifestantes chegaram em três ônibus. Após a entrada no prédio público, ocorreu um princípio de confusão. Por volta das 9h30, após negociações com a Guarda Municipal, os moradores deixaram o interior da Prefeitura e bloquearam a Avenida Santa Leopoldina.
O protesto foi impulsionado pela revogação de um decreto da gestão anterior, que garantia a área para moradia social. A decisão da atual administração gerou incertezas entre os ocupantes, que reivindicam a permanência no local e a regularização fundiária.
Prefeitura alega que terreno é particular
A Prefeitura de Vila Velha informou que a área ocupada é particular e que a gestão municipal não é parte da ação judicial de reintegração de posse. Apesar disso, o Executivo manifestou solidariedade aos moradores e se mostrou aberto ao diálogo. Uma reunião com representantes das comunidades estava prevista para o mesmo dia.
“Estamos solidários com os moradores e dispostos a ouvir. Hoje haverá uma reunião com a comissão formada por representantes dessas comunidades. O município vai apoiar no que for possível, dentro das limitações legais”, disse um comunicado oficial.
Prefeito critica ocupações irregulares
Em suas redes sociais, o prefeito Arnaldinho Borgo expressou que o município “não aceitará mais ocupações irregulares”. Ele destacou que a Prefeitura está trabalhando na construção de 280 unidades habitacionais voltadas para famílias em situação de vulnerabilidade.
“Chega de grilagem de terra e manipulação de pessoas de bem em Vila Velha, por meio de informações falsas”, afirmou o prefeito em uma publicação.
Moradores prometem continuar mobilizados
Apesar da promessa de reunião com a Prefeitura, os moradores garantem que continuarão mobilizados. Eles aguardam uma conversa direta com o prefeito e esperam que o processo de despejo seja suspenso ou, pelo menos, adiado. A principal demanda dos manifestantes é a regularização da área para assegurar o direito à moradia.
Esse protesto em Vila Velha destaca a luta por moradia e os desafios enfrentados por muitas famílias em situações vulneráveis, refletindo a urgência da questão habitacional na região.






