Autoridades enfatizaram a importância de uma colaboração mais estreita entre os setores público e privado para garantir um financiamento climático eficaz e sustentado a longo prazo.
As declarações foram feitas durante o evento CNN Talks “COP30 – Resiliência Climática: Regulação e Financiamento”, realizado em parceria com a Agência iNFRA.
O financiamento climático é essencial para impulsionar projetos sustentáveis, favorecer a adaptação às mudanças climáticas e diminuir as emissões de carbono.
Aloisio Melo, secretário nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente, destacou a necessidade de ampliar os investimentos privados na agenda ambiental.
Ele enfatizou que é crucial haver investimento privado, pois as empresas têm capacidade de mobilizar recursos, além de ser necessário o financiamento por bancos multilaterais e entre nações.
O governo federal já contribui nessa área com programas como o Fundo Clima, linhas de crédito do BNDES e o EcoInvest, que busca atrair capital externo e estimular projetos sustentáveis.
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, também destacou que a formação de iniciativas sustentáveis necessita de uma base regulatória clara e de incentivos públicos para motivar o setor privado.
Riedel mencionou que essas questões são disruptivas, às quais o mercado está se adaptando, e que políticas públicas direcionam essas ações por meio de incentivos e propostas que aproximam o mercado financiador da realidade atual.
Verônica Sánchez, diretora-geral da ANA, salientou a necessidade urgente de aumentar a infraestrutura hídrica do país para atender as demandas climáticas e sociais.
Ela explicou a necessidade de mais infraestrutura para armazenamento de água e mencionou que há muitos anos novas hidrelétricas não são construídas, resultando em uma situação abaixo do necessário.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, COP30, ocorrerá em Belém, e espera-se que promova as negociações sobre financiamento climático, transição energética e preservação da Amazônia.