“Tem algumas áreas de soja que estão sendo colhidas, mas é muito pequena a colheita, deve dar 1% a 2% da área sendo plantada como segunda safra de algodão”, afirmou Schenkel à Reuters.
A maior parte do plantio de algodão em Mato Grosso é realizado na segunda safra, após a colheita de soja, destacou o presidente da Abrapa.
Mas o Estado, maior produtor brasileiro da pluma, planta algodão em apenas 10% da área dedicada à soja na primeira safra.
“O plantio vai até o final de janeiro em Mato Grosso, a maior parte. No Brasil, Estados como a Bahia, que teve bastante chuva em dezembro, atrapalhou um pouco o plantio, mas já está tudo plantado, com ‘stand’ muito bom”, disse ele.
O Mato Grosso faz também uma primeira safra de algodão, mas essa parcela da cotonicultura responde por cerca de 15% da área plantada no Estado, com plantio realizado a partir de dezembro.
Chuvas previstas para esta semana em Mato Grosso tem potencial de segurar os trabalhos das colheitadeiras de soja e plantadoras de algodão, atrapalhando as atividades de campo, segundo avaliação da Rural Clima.
Os agricultores de Mato Grosso deram início aos primeiros trabalhos de colheita da soja 2022/23, em regiões de plantio mais precoce como o oeste, em dezembro, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Até o momento, a expectativa é de uma grande safra de algodão no Brasil, reforçou Schenkel, que assumiu recentemente a presidência da Abrapa.
“O pessoal está investindo no manejo, o mercado de algodão está bom, não está excelente, mas está bom, dá pra fazer investimento para ter alta produtividade”, comentou.
“O ideal é que melhorem os preços, o pessoal está aguardando um pouco pra travar algumas vendas, porque os custos foram muito altos, adubos a valores muito altos pela guerra…”, acrescentou.
A expectativa da Abrapa é de que a produção do Brasil fique em 2,95 milhões de toneladas da pluma em 2022/23, alta de 18% ante 2021/22.