As apresentações duraram tanto que quase ninguém percebeu o tempo passando, então quando eles menos esperavam o sinal tocou.
– Bom turma, graças a Quarta Irmã o sinal tocou, continuaremos as apresentações na próxima aula, ou seja, ainda hoje. – disse Dmitri enquanto pegava as suas coisas o mais rápido possível.
Quando ele saiu um silêncio estranho ficou na sala, aquele era sim o primeiro dia de aula e geralmente os professores se apresentavam e pediam para os alunos se apresentarem, mas Dmitri era meio estranho, afinal parecia que ele estava analisado eles (menos claramente não querendo).
– Esse cara…eu acho que ele poderia facilmente ser um personagem do Tim Burton – disse Maria Alice que olhava para a porta – ele não é só estranho, mas também é estranhamente excêntrico.
– Ele até que é bem fofinho de um jeito esquisito. – Afirmou Helena, o resto da sala olhou de maneiro confusa para ela. – Quero dizer, se não fosse pelo olhar de morto e a estranha palidez da pele dele, ele até que seria bem charmoso com aqueles cabelos loiros e os olhos verde.
Gabriela não pode deixar de dar uma tímida risada ao ouvir aquilo, Helena sempre via o lado mais belo das pessoas.
– A alma dele tem um desejo quase anormal pela morte. – Giovanna mexia calmamente as suas cartas quando afirmou isso, o tom daquela afirmação fez com que todos olhasse para ela. – Ele tem uma sombra de sofrimento tão grande dentro de si, que sua alma clama pela morte, não sei oque aconteceu na vida dele, mas aquelas cicatrizes me dão a impressão de que não foram poucas as vezes que ele tentou se encontrar com a Quarta Irmão.
– Cicatrizes? – perguntou Vitor
– As no pescoço, elas são muito fundas, além disso eu suspeito que por trás daquelas mangas longas tem mais, principalmente perto do pulso.
Essa observação deixou o clima da sala ainda pior, mas Gabriela não pode deixar de concordar com Giovanna, o professor Dmitri em sua primeira aula já tinham mostrado quem exatamente ele era, alguém estranho, excêntrico e que provavelmente carregava traumas profundos.
