5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

FAO reconhece a contribuição do Brasil à cooperação sul-sul e à cooperação triangular

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) entregou ao Governo do Brasil um reconhecimento especial durante cerimônia realizada na sede da organização, em Roma, no marco do Fórum Mundial da Alimentação e das celebrações dos 80 anos da FAO.

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A distinção visa identificar e valorizar práticas e abordagens inovadoras de várias partes do mundo que contribuem para a segurança alimentar global, o desenvolvimento sustentável e a transformação dos sistemas agroalimentares.

O Brasil foi premiado na categoria Cooperação Sul-Sul e Triangular (CSST), reconhecimento que ressalta parcerias exemplares na execução de programas dessa natureza e incentiva o intercâmbio de conhecimentos, projetos e a liderança institucional. A iniciativa destaca ações que promovem avanços em segurança alimentar, capacitação e inovação em diferentes regiões.

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O certificado foi entregue pelo Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, e recebido pelo Embaixador Ruy Pereira, diretor da Agência Brasileira de Cooperação do Ministério das Relações Exteriores (ABC/MRE).

Para a ABC/MRE, a homenagem não apenas relembra a trajetória do Brasil, mas também evidencia a robustez e o dinamismo da cooperação trilateral Sul-Sul, concretizada no programa mantido em parceria com a FAO desde 2008.

A Agência, responsável por coordenar a cooperação internacional brasileira, foi reconhecida pelo papel de destaque em práticas inovadoras e pela liderança técnica do país na promoção da segurança alimentar, do desenvolvimento sustentável e da transformação dos sistemas agroalimentares em benefício de nações da América Latina e do Caribe.

Com a FAO, a ABC/MRE lançou o primeiro programa de cooperação trilateral Sul-Sul do mundo, uma abordagem única que não apenas complementou a cooperação bilateral, mas também a expandiu.

Há 17 anos, a FAO e o governo brasileiro, por meio da ABC/MRE, estabeleceram uma parceria de grande alcance na América Latina e no Caribe no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil–FAO, atuando em frentes como segurança alimentar e nutricional, alimentação escolar, agricultura familiar, desenvolvimento rural sustentável, governança fundiária e, mais recentemente, abastecimento de alimentos e sistemas agroalimentares urbanos.

Parcerias estratégicas

O Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO conta com o apoio de diversas instituições brasileiras, coordenadas pela ABC/MRE, entre as quais o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer-PB) e a Associação Brasileira de Produtores de Algodão (Abrapa).

Além da ABC/MRE, a Embrapa também foi reconhecida pela FAO, em razão de sua contribuição técnica a diversas iniciativas. Entre os exemplos estão o apoio ao fortalecimento de sistemas produtivos sustentáveis na cadeia do algodão, com ênfase no desenvolvimento de variedades de sementes, no manejo de pragas e em tecnologias direcionadas à agricultura familiar. No âmbito do projeto +Algodão foram concebidos equipamentos inovadores, como a colheitadeira de uma linha, que elevam a eficiência e a sustentabilidade da produção de algodão.

Resultados

Alguns dos principais resultados obtidos ao longo dos 17 anos de cooperação entre a FAO e o Brasil incluem:

  1. A capacitação de 40 mil profissionais em alimentação escolar, beneficiando diretamente 1,6 milhão de estudantes de mais de 23 mil escolas, por meio da metodologia de Escolas Sustentáveis;
  2. A criação da Rede de Alimentação Escolar Sustentável (RAES), que atualmente reúne 18 países membros, favorecendo a troca de experiências e o fortalecimento de políticas públicas na região;
  3. O fortalecimento de sistemas produtivos diversificados no âmbito do projeto +Algodão, com a participação de mais de 100 instituições parceiras; a iniciativa já alcançou mais de 14 mil famílias e 9.700 produtores, ampliando o acesso à inovação, facilitando o acesso a mercados e elevando a renda de comunidades;
  4. O avanço na modernização de sistemas de informação fundiária na América Latina e no Caribe, através do intercâmbio de experiências e boas práticas em governança territorial e uso sustentável dos recursos naturais;
  5. O reforço de políticas públicas voltadas à agricultura familiar, no âmbito da Reunião Especializada sobre Agricultura Familiar (REAF MERCOSUL);
  6. O apoio ao aumento da resiliência dos países do Corredor Seco da América Central diante das mudanças climáticas, por meio da introdução de inovações em sistemas produtivos.

Em 2025, duas iniciativas ampliam a cooperação: uma direcionada ao fortalecimento dos sistemas agroalimentares urbanos voltados a populações vulneráveis e outra focada na melhoria dos sistemas públicos de abastecimento de alimentos, aumentando o alcance e o impacto das ações conjuntas.

Informações adicionais estão disponíveis na página do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO.

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