O pastor evangélico Silas Malafaia está sendo investigado pela Polícia Federal, segundo informações da Globo News. Um dos maiores líderes religiosos do Brasil, ele foi incluído no mesmo inquérito que investiga obstrução de Justiça e envolve Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo.
Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), Malafaia confirmou que está sendo investigado pela Polícia Federal, citando a Globo News como fonte da informação. Ele questionou a forma como tomou conhecimento do caso e afirmou: “Eu só sei disso pela Globo News. Eu não recebo notificação nenhuma. Que país é esse, onde a Polícia Federal vaza alguma acusação contra alguém pra Globo e depois você vai ficar sabendo?”.
No vídeo, o pastor continuou: “Estou sendo investigado pela Polícia Federal em um inquérito. Eu reconheço a Polícia Federal, que é uma honra para os brasileiros, só que tem uma Polícia Federal a serviço de Lula e de Alexandre Moraes. Eles me incluem no inquérito por obstrução de justiça, coação no curso do processo, organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático, ações contra autoridades e sanções internacionais contra o Brasil. Primeiro que eu não falo inglês, não conheço nenhuma autoridade americana…”.
O pastor acusou a Polícia Federal de “perseguição”, relacionando a investigação às críticas que vem fazendo há quatro anos contra Alexandre de Moraes. “Eu não tenho medo”, declarou.
O inquérito
O inquérito ao qual a reportagem se refere, aberto em maio, apura ações contra autoridades, contra o Supremo Tribunal Federal, contra agentes públicos e a busca por sanções internacionais contra o Brasil.
Os crimes sob investigação incluem coação no curso do processo, obstrução de investigação de organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A reportagem destaca que Malafaia foi organizador do ato de apoio a Jair Bolsonaro no dia 3 de agosto, evento em que Bolsonaro apareceu em um vídeo transmitido por redes sociais de terceiros e que resultou na prisão domiciliar do ex-presidente no dia seguinte, 4 de agosto.
Na quinta-feira (14/8), o pastor voltou a afirmar, em vídeo publicado nas redes sociais, que o ministro Alexandre de Moraes deveria sofrer impeachment, ser julgado e preso.








