A trágica morte de uma menina dentro do Parque Nacional da Serra Geral trouxe à tona a questão da segurança nesses locais, que são opções para turismo de aventura e contemplação. Após o acidente no Cânion Fortaleza, em Cambará do Sul, a responsável pela operação declarou seguir rigorosamente os protocolos de segurança exigidos.
Orientações para Visitantes
A Urbia Cânions Verdes, a empresa que opera nos parques da região, informou que orientações são dadas aos visitantes sobre como proceder nas trilhas, especialmente nas bordas dos cânions. Placas ao longo do percurso servem para alertar sobre riscos e cuidados necessários.
A empresa mantém uma equipe especializada, incluindo bombeiros civis, para emergências. As trilhas, de nível médio, não exigem a contratação de guias, embora esta opção esteja disponível e seja recomendada.
Sistema de Gestão de Segurança
Essas medidas fazem parte do Sistema de Gestão de Segurança, descrito no Protocolo Operacional de Visitação (Prov), aprovado pelo ICMBio. O documento detalha as áreas acessíveis aos visitantes, atividades permitidas, horários de funcionamento, monitoramento e componentes de segurança, como sinalização e proteção, todos aprovados pelo ICMBio.
Sobre o recente acidente, o órgão afirmou não ter encontrado falhas significativas na segurança, mas está revisando e potencialmente fortalecendo as medidas atuais.
Turismo de Aventura e Riscos
Luiz Del Vigna, da Abeta, enfatiza que todas as atividades de turismo de aventura apresentam riscos. Normas técnicas específicas foram criadas para gerenciar a segurança, conforme o previsto no Código de Defesa do Consumidor.
Essas normas são tão eficazes que foram adotadas internacionalmente pela ISO. No Brasil, 75 parques nacionais seguem essas diretrizes, garantindo práticas seguras, segundo Del Vigna.
Desafios no Setor de Turismo
Apesar do controle nas unidades de conservação, a informalidade e a falta de fiscalização no mercado externo de turismo de aventura são preocupantes. O foco excessivo no custo, em detrimento da segurança, é um desafio para o setor.
Os parques nacionais no Brasil são vistos como seguros, não oferecendo riscos adicionais aos intrínsecos às regiões turísticas tradicionais.