O Brasil tem se destacado no cenário internacional com políticas de acolhimento humanitário voltadas a refugiados e imigrantes. No Dia Mundial do Refugiado, celebrado em 20 de junho, enfatiza-se o avanço das iniciativas que garantem segurança a indivíduos forçados a deixar seus países devido a conflitos, perseguições ou violações de direitos humanos.
Avanços nas políticas públicas
As ações promovidas pelo Governo Federal, especialmente através da Secretaria Nacional de Justiça (Senajus) e do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), visam proporcionar garantias essenciais, como o direito à reunião familiar, priorizando o bem-estar de crianças e adolescentes. Um exemplo significativo é a história de Shahir Ahmad, um jovem afegão que encontrou no Brasil um novo lar após deixar sua terra natal. Através do Programa Brasileiro de Patrocínio Comunitário para Afegãos, ele teve a oportunidade de recomeçar.
Integração comunitária
O programa, coordenado pela Senajus, já facilitou a vinda de 66 afegãos, promovendo a proteção e a integração de forma sustentável, sem custos para o governo. Organizações da sociedade civil desempenham um papel crucial, captando doações e fornecendo acolhimento digno aos imigrantes. Atualmente, três entidades têm um total de 900 vagas disponíveis, e novas propostas podem ser submetidas.
Direito à reunião familiar
Em 2023, o Conare implementou uma nova estratégia que facilita o processo de reunião familiar, com a conversão automática de pedidos de extensão. Essa mudança tem gerado segurança jurídica e maior autonomia para crianças e adolescentes de países como Afeganistão e Síria. Mais de 37 mil processos de reconhecimento da condição de refugiado já foram aceitos sob essa nova abordagem, ressaltando a importância do fortalecimento das unidades familiares.
Compromisso com a diversidade
O Brasil também se comprometeu a proteger grupos historicamente vulneráveis, como pessoas LGBTQIA+ e mulheres vítimas de mutilação genital. O Conare mantém procedimentos especiais que asseguram a análise simplificada dos pedidos de refúgio para essas populações. Recentemente, ampliou por mais dois anos a nota técnica que orienta essas análises, garantindo a proteção necessária.
Essas iniciativas mostram como o Brasil se posiciona como uma referência em acolhimento humanitário, com políticas alinhadas ao respeito aos direitos humanos e aos compromissos internacionais.