terça-feira, 8 de abril de 2025

Lula afirma que indiciados pela PGR terão que pagar por erros se provada a culpa

Lula abordou a questão do indiciamento de indivíduos acusados de tentativa de golpe durante uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro. O presidente enfatizou que todos os acusados têm o direito à presunção de inocência e, caso suas culpas sejam comprovadas, deverão arcar com as consequências de seus atos.

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Durante a declaração, Lula comentou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que envolve 34 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele reafirmou que, enquanto estiver no governo, todos têm direito à presunção de inocência. “Se provarem que não tentaram dar golpe e não tentaram matar o presidente, o vice e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, eles ficarão livres”, declarou Lula, ressaltando que se, ao final do processo, os acusados forem considerados culpados, terão que responder pelos seus erros.

A PGR, por sua vez, apresentou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal, fundamentada em diversos documentos que evidenciam um esquema para violar a ordem democrática.

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Revelações sobre a articulação do golpe de Estado

A denúncia da PGR sugere que março de 2021 foi um mês crucial para a implementação de um plano de ruptura democrática, liderado por Jair Bolsonaro e seus aliados. A decisão do STF, que anulou condenações de Lula, fez com que aqueles próximos a Bolsonaro vissem a necessidade de adotar ações coordenadas para manter seu poder.

Um dos pontos destacados foi uma reunião ministerial em julho de 2022, onde Bolsonaro convocou ministros para discutir ataques ao sistema eleitoral e a utilização da força como última alternativa. Além disso, o plano inclui a mobilização de grupos em defesa do ex-presidente, que buscavam deslegitimar a vitória do adversário e interferir nas eleições.

Estratégias de deslegitimação

Os relatos indicam que, ao longo da campanha eleitoral, Bolsonaro intensificou críticas ao sistema de votação, tentando criar um clima de dúvida e desconfiança a respeito do processo eleitoral. Mesmo após a vitória de Lula, as críticas à legitimidade das urnas continuaram, com o intuito de mobilizar a base de apoio do ex-presidente e provocar ações anti-democráticas.

Conspiração interna e tentativas de assassinato

Além das articulações para um possível golpe, a denúncia aponta que integrantes da organização criminosa dentro do Palácio do Planalto planejaram até tentativas de assassinato contra Lula, seu vice e o presidente do STF. Esses planos, embora elaborados, não foram levados a cabo devido à falta de apoio no Exército.

Os acontecimentos culminaram em manifestações em 8 de janeiro, que resultaram em invasões das sedes dos Três Poderes, sendo vistas como uma tentativa de golpe de Estado. A PGR indica que, apesar das incessantes tentativas de desestabilização, a falta de adesão das forças armadas ao movimento impediu a concretização do golpe.


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