Um novo desenvolvimento nas investigações da Polícia Federal revela que o general da reserva Mario Fernandes, identificado como o autor de um plano terrorista, esteve presente em locais junto ao ex-presidente Jair Bolsonaro em duas ocasiões. Essa informação foi obtida durante a Operação Contragolpe, que ocorreu no dia 19 de novembro de 2024.
De acordo com as informações, Mario Fernandes foi preso por supostamente elaborar um documento intitulado “Punhal Verde Amarelo”, que continha um planejamento para executar três figuras proeminentes: o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin.
A investigação revelou que Fernandes esteve no Palácio do Planalto no dia 6 de novembro de 2022, quando imprimiu um documento denominado “Plj.docx”. Esse arquivo está supostamente vinculado a um plano para a prisão e execução dos mencionados líderes. Para confirmar a presença de Bolsonaro no mesmo local, a PF analisou um grupo chamado “Acompanhamento”, onde informações sobre a rotina presidencial eram compartilhadas. No celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, constaram mensagens que indicavam a localização do ex-presidente.
No dia 8 de dezembro de 2022, Fernandes foi novamente ao Palácio da Alvorada, onde, segundo interceptações telefônicas, discutiu pessoalmente com Bolsonaro sobre preocupações relativas a manifestações antidemocráticas. Durante essa conversa, o general expressou sua intenção de agir para manter a ordem nas ruas, especialmente em relação a activistas que estavam em frente ao Quartel-General do Exército.
Além disso, foi mencionado que um documento crucial para o sequestro ou morte de Lula, Moraes e Alckmin foi criado em 9 de novembro. Este arquivo, intitulado “Fox_2017.docx”, foi modificado e impresso em um curto espaço de tempo, reforçando a suposição de que o planejamento da operação foi realizado no Palácio do Planalto.
A operação da PF resultou na prisão de Mario Fernandes e de três outros militares com formação em Forças Especiais, além de um agente da Polícia Federal acusado de passar informações sensíveis sobre Lula a pessoas próximas a Bolsonaro. Esses eventos levantam questões sérias sobre a colaboração e os vínculos entre as forças de segurança e a política, destacando a gravidade da situação que envolve o planejamento de ações violentas.