O uso da maconha tem se tornado cada vez mais comum em todo o mundo. Porém, assim como qualquer outra substância, é importante ter cuidado para evitar o vício e possíveis consequências negativas. O problema é que muitas pessoas não sabem como identificar se estão viciadas ou não.
Para começar, é preciso entender que o vício em maconha é um transtorno que afeta tanto o físico quanto o psicológico. Alguns dos sinais mais comuns incluem dificuldade em controlar o uso da droga, aumento da tolerância e da quantidade de maconha necessária para sentir os efeitos desejados, bem como sintomas de abstinência quando a substância é interrompida.
Outros sintomas podem incluir mudanças de humor frequentes, falta de interesse em atividades que antes eram prazerosas, diminuição do desempenho escolar ou profissional, e até mesmo problemas de saúde física, como problemas respiratórios.
Felizmente, existem recursos disponíveis para ajudar aqueles que estão lutando contra o vício em maconha. Terapia, grupos de apoio e tratamentos médicos são algumas das opções que podem ser consideradas.
Se você acha que pode estar viciado em maconha, é importante buscar ajuda o mais rápido possível. Não há vergonha em admitir que precisa de ajuda, e a decisão de pedir ajuda pode mudar sua vida para melhor. Lembre-se, o vício em maconha pode ser tratado e superado, mas o primeiro passo é reconhecer o problema e buscar ajuda.
Alguns sinais que podem indicar que uma pessoa está dependente da maconha incluem:
- Dificuldade em controlar a quantidade de maconha consumida;
- Necessidade de usar maconha diariamente;
- Tolerância à droga, ou seja, precisar de doses cada vez maiores para sentir os mesmos efeitos;
- Sintomas de abstinência quando tenta parar de usar a droga, como irritabilidade, insônia, ansiedade, falta de apetite;
- Redução das atividades sociais, profissionais ou escolares devido ao uso da maconha;
- Continuar usando a droga apesar das consequências negativas que ela traz para a vida da pessoa;
- Gastar uma quantia significativa de dinheiro com a compra da droga;
- Ter dificuldade em lidar com situações estressantes sem usar a maconha;
- Usar a maconha como forma de lidar com problemas emocionais ou psicológicos;
- Preocupação constante em conseguir a droga, em fumar ou em não ter maconha suficiente.
É importante ressaltar que a presença de alguns desses sinais não significa necessariamente que a pessoa esteja dependente da maconha, mas sim que pode haver um uso problemático da droga e que é preciso buscar ajuda para lidar com a situação.
No Brasil, a lei de drogas (Lei nº 11.343/2006) estabelece que é crime produzir, plantar, cultivar, colher, fabricar, transportar, comercializar, importar, exportar, distribuir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, guardar, prescrever, ministrar ou entregar, gratuitamente ou não, de qualquer forma, drogas ilícitas.
No entanto, desde 2015, a lei permite que pacientes com prescrição médica tenham acesso a medicamentos à base de canabidiol (CBD), uma substância derivada da cannabis. Em 2019, a Anvisa autorizou a venda de medicamentos à base de cannabis em farmácias com receita médica.
Além disso, em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a criminalização do porte de drogas para uso pessoal é inconstitucional, ou seja, o indivíduo não pode ser preso por carregar uma pequena quantidade de drogas para uso próprio. No entanto, a posse e o consumo de drogas continuam sendo considerados contravenções penais, sujeitas a penalidades administrativas, como multa e prestação de serviços à comunidade.
Em relação ao uso recreativo da maconha, ainda não há uma regulamentação clara no Brasil. Em 2019, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma resolução que permite o registro de produtos à base de cannabis para uso medicinal e científico, mas não para uso recreativo.
Em resumo, a lei brasileira ainda não permite o uso recreativo da maconha, mas autoriza o uso medicinal sob prescrição médica e permite que pacientes tenham acesso a medicamentos à base de canabidiol. O porte de drogas para uso pessoal não é mais considerado crime, mas continua sendo uma contravenção penal sujeita a penalidades administrativas.