O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva-STJD, Felipe Bevilacqua, determinou durante a terça-feira (1º), a suspensão preventiva por 30 dias de total de 12 jogadores por suspeita de manipulação no futebol.
Eles são alvos na nova fase da investigação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás e se tornaram réus na Justiça de Goiânia.
Bevilacqua exerce a presidência do STJD enquanto José Perdiz está em viagem na Austrália, a convite da Confederação Brasileira de Futebol – CBF para assistir a Copa do Mundo feminina.
Na lista dos jogadores suspensos está o capixaba Sidcley, lateral que foi revelado pelo Tupy de Vila Velha, onde ficou durante 10 anos. O presidente do time vilavelhense, Rogério Pedrini, ficou surpreso com a notícia e fez vários elogios ao lateral.
Sidcley teve passagem também pelo Corinthians e Athletico-PR. As investigações são referente ao tempo em que jogou pelo Cuiabá-MT.
O dirigente afirmou que Sidcley sempre foi um exemplo de atleta e ajudou bastante o Tupy em várias partidas disputadas no estado. Rogério acredita que a investigação vai tirar o nome de Sidcley entre os suspeitos de manipulação de resultado.
Atualmente, Sidcley joga no Dínamo Kiev, time ucraniano.
Os jogadores que estão suspensos preventivamente – até posterior julgamento no STJD – pelo tribunal desportivo são:
- o atacante Alef Manga, agora ex-Coritiba, negociado com o futebol do Chipre
- o meia Dadá Belmonte, do América
- o lateral Igor Carius, do Sport
- o meia uruguaio Jesus Trindade, ex-Coritiba
- o lateral Pedrinho, ex-Athletico, que se transferiu para o Shakthar
- o lateral Sidcley, ex-Cuiabá-MT, hoje no Dínamo Kiev
- o meia-atacante Thonny Anderson, ex-Coritiba, do Bragantino, que estava emprestado ao ABC
- o lateral Nino Paraíba, do Paysandu;
- o meia Bryan García, ex-Athletico;
- Diego Porfírio, do Desportivo Aliança-AL;
- Vitor Mendes, do Fluminense;
- Sávio Alves, ex-Goiás;
Na última semana, o juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, aceitou denúncia e tornou réus todos sete jogadores e mais sete pessoas acusadas de manipulação no futebol brasileiro.
Em outra fase, convocação para depoimento
Na semana passada, o STJD também determinou a convocação de 10 jogadores do futebol brasileiro para serem ouvidos na próxima terça-feira, (8). O processo ainda é referente à segunda fase da operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de Goiás, que trabalha em parceria com o STJD.
A convocação dos 10 jogadores por parte do auditor relator do processo 117/2023 no STJD faz parte do pedido de abertura de investigação pelo procurador geral do STJD, Ronaldo Piacente, ainda em maio. De acordo com a intimação para depoimento eles devem “prestar esclarecimentos sobre dados importantes do inquérito”.
Os convocados para prestar depoimentos são:
- Nino Paraíba, do Paysandu, que era do Ceará nos fatos narrados pelo MP de GO
- Pedrinho, ex-Athletico, hoje do Shakhtar
- Richard, ex-Ceará, que está no Alanyaspor
- Vitor Mendes, do Fluminense, que era do Juventude nos fatos narrados pelo MP de GO
- Nathan, ex-jogador do Avaí
- Alef Manga, do Coritiba
- Diego Porfírio, do Coritiba, hoje no Desportivo Aliança (AL)
- Bryan Garcia, ex-Athletico, hoje no Del Valle
- Dadá Belmonte, do América, que era do Goiás
- Nathan, do Grêmio, que era do Fluminense
Na Justiça comum, todos réus vão responder pela suposta prática dos seguintes delitos, de acordo com artigos da nova Lei Geral do Esporte:
- Art. 198. Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
- Art. 199. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
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