terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Missão científica na fossa do Japão busca entender causas de tsunamis

Uma ambiciosa missão científica está prestes a ser realizada na Fossa do Japão, com o objetivo de compreender melhor as causas dos tsunamis. A Universidade Nacional Australiana (ANU) anunciou, na quarta-feira (23), os detalhes da expedição que irá explorar a região onde ocorreram alguns dos terremotos mais poderosos já registrados.

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Uma equipe internacional de pesquisadores embarcará no Chikyu, considerado o navio científico de perfuração mais avançado do mundo. A missão visa extrair amostras da área da falha sísmica, que podem fornecer insights valiosos sobre os processos que desencadeiam terremotos e tsunamis. Localizada na parte ocidental do Oceano Pacífico Norte, a fossa se estende das Ilhas Curilas até as Ilhas Ogasawara, com uma profundidade máxima estimada em 8.046 metros. Desde a década de 1970, a região registrou pelo menos nove terremotos de magnitude 7 ou superior na escala Richter.

Um dos eventos mais devastadores ocorreu em março de 2011, quando a tensão acumulada ao longo de séculos foi liberada, fazendo com que a placa tectônica se movesse até 50 metros para cima e para o leste, gerando um tsunami devastador.

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Durante a expedição, os cientistas planejam perfurar até 1 km abaixo do fundo do mar para coletar amostras de núcleo de ambos os lados da falha. Como a área já foi perfurada um ano após o terremoto de 2011, os pesquisadores poderão analisar como as rochas mudaram desde então.

“Trabalharemos com as amostras do núcleo à medida que forem trazidas da zona de falha. Vamos medir densidade, porosidade, resistência e examinar os fluidos dentro das rochas”, explicou Ron Hackney, geofísico da ANU. A missão está programada para durar sete semanas, e as análises das amostras coletadas serão realizadas ao longo dos próximos anos.

Essa missão faz parte do International Ocean Discovery Program (IODP), uma iniciativa de 10 anos que já realizou 58 expedições, coletando quase 100 km de amostras de diferentes regiões da crosta terrestre.

O terremoto de 2011, conhecido como “Grande Terremoto de Tohoku”, atingiu a região nordeste do Japão em 11 de março e teve magnitude 9,1, tornando-se o mais forte da história do país. O evento gerou um tsunami com ondas de até 40 metros, que causou um grave acidente nuclear na usina de Fukushima e resultou em aproximadamente 15 mil mortes, além de mais de 6 mil feridos. Estima-se que 120 mil casas foram destruídas e cerca de 1 milhão de construções foram afetadas.

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