O grupo de 34 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguarda, desde o início da manhã desta sexta-feira (10), a possibilidade de atravessar a fronteira de Rafah, com o Egito. A autorização para deixar o território palestino saiu após 34 dias do início dos ataques no Oriente Médio. O grupo tem brasileiros e palestinos em processo de naturalização que estavam nas cidades de Khan Yunis e Rafah, no sul de Gaza.
Na manhã desta sexta, o comerciante Hasan Rabee, de 30 anos, postou em uma rede social a despedida de sua mãe. “O mais difícil da minha vida é deixar a minha mãe e dois irmãos e viajar e eles estão sem condições de vida”, lamentou o brasileiro que disse esperar que haja uma segunda lista com autorização para seus parentes deixarem o local.
Na sequência, Hasan mostrou em vídeo enviado à Agência Brasil o grupo que estava em Khan Yunis no ônibus em viagem para Rafah. As duas cidades palestinas são distantes cerca de 10 quilômetros. Ao chegar na fronteira, Hasan enviou mais dois vídeos informando que a passagem segue fechada.
“Até esse momento, vai fazer meio-dia, as fronteiras estão fechadas. As ambulâncias ainda não chegaram para trazer os feridos. Se não entrar os feridos, ninguém pode viajar. Tem que chegar os feridos primeiros do norte da Faixa de Gaza”, relatou o brasileiro. A Faixa de Gaza está cinco horas à frente do horário de Brasília.
Se nenhum novo problema ocorrer nesta sexta-feira, pode ser que os brasileiros consigam cruzar para o Egito. Isso porque a fronteira de Rafah fechou por duas vezes nos últimos dias. Entre o último sábado (4) e a segunda-feira (6), a fronteira foi fechada porque Israel bombardeou um comboio de ambulâncias que se dirigia ao local. Já na última quarta-feira (8), a fronteira foi mais uma vez fechada por “questões de segurança”, segundo informou os Estados Unidos.
*Com informações da Agência Brasil
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