A última semana de abril movimentou o Brasil. Prêmio Camões, votação no Supremo, depoimento de ex-presidente e quebras de jejuns significativas.
Relembre o que foi destaque na semana que se encerrou e comece o mês de maio bem informado. Confira o resumo das principais notícias aqui, no Resumo semanal.
“Teve a rara fineza de não sujar o meu prêmio”
Foi com essas palavras que o compositor e escritor Chico Buarque de Hollanda, agradeceu ao receber o prêmio Camões, a honraria mais prestigiada da língua portuguesa. O trecho do discurso de agradecimento foi direcionado ao ex-presidente, Jair Bolsonaro, responsável pelo atraso de quatro anos na entrega do prêmio concedido a Buarque por unanimidade em 2018. Na época Bolsonaro impôs dificuldades à assinatura dos documentos que possibilitavam a entrega do prêmio.
Na segunda-, 24, Chico Buarque recebeu a honraria das mãos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que esteva em viagem oficial pela Europa
Denunciados pelo 8 de Janeiro
A terça-feira, 25, foi marcada pelo início da Plenária virtual do Supremo Tribunal Federal – STF para votar se os mais de 200 denunciados pela Procuradoria-Geral da República – PGR por incitar e executar os atos golpistas de 8 de janeiro se tornariam réus.
A Plenária tem prazo para se estender até a próxima terça-feira, 2 de maio, mas no fim da sexta-feira, 28, o STF já formava maioria em votos para tornar réus os mais duzentos envolvidos. Dos dez ministros da corte, seis já haviam votado pelo recebimento das denúncias feitas pela PGR.
“Foi sem querer querendo”
Em depoimento na quarta-feira, 26, “foi sem querer querendo” foi só o que o ex-presidente Jair Bolsonaro, faltou dizer sobre o compartilhamento de um vídeo que questionava sistema eleitoral dois dias após os ataques aos três poderes em 8 de Janeiro.
Bolsonaro disse a Polícia Federal que queria salvar o vídeo para visualizar depois, mas compartilhou, sem querer. A defesa do ex-presidente ainda alegou que o mesmo estava sob efeito de morfina no dia da postagem.
O depoimento, que durou cerca de duas horas, é parte do inquérito do STF que apura os atos golpistas do dia 8 de Janeiro.
Na luta pela terra
A última semana de abril também foi movimentada para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que realizou neste mês a 26º Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária.
A quinta-feira, 27, era a data limite dada para que o MST desocupasse o acampamento montado em uma área em Jacupemba no município de Aracruz.
De acordo com o MST, dados do INCRA mostram que as terras em Aracruz são públicas tendo sido griladas pela Suzano em 2018. Mesmo assim, na segunda-feira,17, a Justiça Estadual emitiu uma liminar de despejo contra as famílias. A liminar teve o prazo de cumprimento estendido para a quinta, 27, razão pela qual o MST desocupou a área.
Após deixarem a área, as 200 famílias foram para a sede de uma associação que fica no assentamento Nova Esperança, em Aracruz.
Vitória BRASILEIRA no surfe e na luta dos povos indígenas
A sexta-feira, 28, foi de quebra de jejum para o surfista brasileiro, Gabriel Medida. Ele foi o grande campeão da etapa de Margaret River, na Austrália, do Circuito Mundial de Surfe. Medina não vencia uma etapa do circuito desde Rottnest, também na Austrália, em maio de 2021, ano em que foi campeão. A conquista veio após o surfista bater o californiano Griffin Colapinto na grande decisão.
Quebra de jejum também na demarcação das terras indígenas.
De volta ao Brasil, o presidente Lula participou do encerramento do Acampamento Terra Livre, que ocorre anualmente em Brasília e ao lado da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, homologou seis terras indígenas na sexta-feira, 28.
A homologação das terras aconteceu após 5 ANOS sem demarcações no país. As áreas estão localizadas nos estados do Acre, Amazonas, Alagoas, Ceará, Rio Grande do Sul e Goiás.
Por enquanto é isso. Espero que o Resumo tenha sido útil e domingo que vem tem mais!