Nos últimos meses, notícias sobre o grande James Webb tomaram conta de diversas mídias. Mas a Nasa e outras agências espaciais do hemisfério norte não são as únicas que existem e muito menos as únicas capazes de desenvolver satélites.
Muitas pessoas não têm conhecimento dessa informação, mas o Brasil, como outros países, também tem uma agência espacial.
Logicamente, os nossos programas espaciais nacionais não são tão avançados quanto os da Nasa ou da Agência Espacial Europeia (ESA). No entanto, ela existe e merece todo o destaque pelo trabalho feito por brasileiros.
Caso tenha interesse em conhecer mais sobre ela, acesse aqui, que o(a) direcionará para a página voltada para a Agência Espacial Brasileira (AEB).
Porém, mesmo que estejamos falando sobre a AEB, esta matéria tem foco em outra empresa espacial. Essa empresa, também brasileira, está ligada aos programas de desenvolvimento espacial e tecnológico.
Portanto, falaremos aqui sobre a Visiona e o nanosatélite VCUB1, o qual foi lançado na última sexta-feira (14).
Visiona e a importância do VCUB1
Mas, afinal de contas, mesmo que seja muito legal o Brasil ter sua agência espacial, qual é a importância desse satélite? O que acontece aqui é que o VCUB1 não é apenas um nanosatélite nacional.
Como muitos sabem, o Brasil muitas vezes depende de peças tecnológicas importadas para a produção nacional. No entanto, esse novo satélite não conta com nenhuma tecnologia estrangeira, ele foi completamente feito no Brasil.
Mesmo que para alguns isso não aparente ser muita coisa, é de extrema importância para o Brasil ser capaz de desenvolver tecnologias por conta própria.
Desse modo, o país não fica dependente de outros para o seu desenvolvimento, seja ele tecnológico, seja acadêmico. Além disso, o que mais se pretende com o lançamento desse satélite? O principal motivo para o VCUB1 ter sido lançado é para que se fosse feito o teste de seus componentes.
Dessa forma, caso seu software, seu computador de bordo, assim como outros componentes, estejam atuando perfeitamente, será possível para o Brasil produzir satélites de maior escala e aumentar sua influência do campo de pesquisa espacial.
Vale lembrar que, mesmo com os sistemas apresentando problemas, a missão ainda será um sucesso, pois dessa forma poderão ser feitos ajustes em novos satélites maiores.
Mas essa não é sua única utilidade, afinal também contém uma câmera reflexiva OPTO 3UCAM, a qual permitirá fotos com uma grande qualidade geométrica e radiométrica.
Dessa forma, as agências brasileiras de pesquisa não mais necessitarão recorrer a satélites estrangeiros para a coleta de dados.