quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Planta ‘editada’ que purifica o ar será lançada por R$ 900; valerá a pena?

A tecnologia pode ser uma aliada importante para promover a preservação ambiental e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Com avanços cada vez mais significativos na área da sustentabilidade, surgem soluções tecnológicas capazes de reduzir o impacto ambiental de atividades humanas. Uma única planta, por exemplo, pode melhorar consideravelmente a qualidade do ar que respiramos. Veja como isso é possível.

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Essa é a proposta da startup francesa Neoplants, que inovou por meio de sua criação, cujo objetivo é purificar ar em locais mais fechados. Ela desenvolveu, pela primeira vez na história, uma planta modificada geneticamente que exerce a mesma função que um purificador de ar. Sim, isso é real!

Os sistemas de purificação de ar presentes hoje no mercado, utilizam tecnologias de ponta para remover partículas nocivas e reduzir a concentração de poluentes em ambientes fechados, tornando-os mais saudáveis e agradáveis para os ocupantes. Os desenvolvedores da novidade, por sua vez, afirmam que a espécie, cultivada totalmente em laboratório, é 30 vezes mais eficiente do que os tradicionais aparelhos, apesar da criação não ser tão robusta.

A startup ainda está passando por etapas burocráticas de regulamentação, mas pretende disponibilizar o produto no mercado, que já conta com um cadastro de 30 mil clientes em uma lista de espera para adquiri-lo. A planta editada deve chegar primeiro na Flórida, nos Estados Unidos, por US$ 179, o equivalente a R$ 900.

Como funciona a planta editada purificadora?

Para alcançar e ter um efeito ainda mais forte de purificador, os pesquisadores utilizaram uma planta brasileira chamada jiboia, que tem uma folhagem trepadeira delicada de tom verde bem escuro, com folhas em formato de coração. Elas receberam um DNA alterado, nomeado de Neo P1, com capacidade de retirar do ar, de maneira eficiente, bem como os compostos orgânicos voláteis (VOCs), considerados poluentes perigosos.

A proposta não é algo totalmente inédito, na verdade. Um estudo feito pela NAS em 1989 ressaltou essa ideia de relacionar plantas com os purificadores de ar. Os estudiosos da época obtiveram sucesso em seus experimentos para descobrir se as plantas poderiam ou não limpar o ar da poluição de forma eficaz.

Outro estudo, posterior a esse, tentou descobrir quantas delas seriam necessárias para alcançar os resultados de purificação da NASA, aplicado no mundo real. O resultado ressalta que seria preciso de 10 a mil espécies por metro quadrado.

Por essa razão, não é possível ter certeza se a criação da startup realmente funciona, mas o cofundador da companhia afirma que as plantas serão revolucionárias, assim como os primeiros computadores que chegaram ao mundo.

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