Embora modelos de cão-robô já sejam conhecidos na indústria há muitos anos, o conceito de um sistema robótico de quatro patas que controle uma bola de futebol, drible e se levante após uma queda para retomar sua posse é completamente inédito. A novidade é descrita em um pre-print de artigo hospedado na plataforma ArXiv na segunda-feira (3) por cientistas do MIT.
Um comunicado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts garante que “embora o bot não exiba um nível de habilidade semelhante ao de Lionel Messi, é um impressionante sistema de drible irado”. O futuro craque foi construído no Laboratório de IA Improvável da respeitada instituição de ensino americana e promete um desempenho com a bola similar ao de humanos.
O grande diferencial do robô boleiro é um sistema que combina detecção e computação a bordo para treinar o dispositivo em diversos tipos de terreno, como areia, cascalho, lama e neve, adaptando a dinâmica da bola em cada um desses ambientes. Como todo bom driblador, o DribbleBot levanta após uma queda e tenta recuperar a bola perdida.
Para que serve um cão-robô que joga futebol?
Programar robôs para jogar futebol é uma área de pesquisa muito ativa. O objetivo não é inscrever os bots em algum campeonato, mas aprender, por exemplo, como acionar as pernas durante um drible. A façanha pode permitir a descoberta de habilidades difíceis que possam ser usadas para locomoção em terrenos acidentados.
Para acelerar a pesquisa, são criadas simulações paralelas do cão-robô real e dos diversos terrenos. Quatro mil versões do robô são simuladas ao mesmo tempo. No começo, o robô ainda não sabe driblar e recebe um reforço positivo quando acerta ou negativo quando erra, ou seja, ele mesmo descobre o nível de força que deve usar nas pernas.
Mas isto é apenas um “pontapé inicial”, dizem os pesquisadores. As lições aprendidas pelo Dribble Bot serão adaptadas em tarefas de transporte e manipulação de objetos.