No Canadá, a Universidade de Waterloo realizou uma pesquisa para criar um Wi-Fi que nem mesmo uma parede é capaz de deter. Assim, foi criado um drone para que as paredes não fossem um impedimento.
Com o nome Wi-Peep, o dispositivo sobrevoa um prédio e é capaz de fazer uso da conexão Wi-Fi de cada residência. Além disso, o aparelho permite localizar em quais aparelhos aquele Wi-Fi está conectado.
Wi-Peep
O Dr. Ali Abedi, professor adjunto da Ciência da Computação na Universidade Waterloo, ressaltou qual é a importância desta descoberta. “Usando tecnologia semelhante, pode-se rastrear os movimentos dos guardas de segurança dentro de um banco seguindo a localização de seus telefones ou smartwatches”, disse.
“Da mesma forma, um ladrão pode identificar a localização e o tipo de dispositivos inteligentes em uma casa, incluindo câmeras de segurança, laptops e smart TVs, para encontrar um bom candidato para uma invasão.
Além disso, a operação do aparelho via drone faz com que ele possa ser utilizado de forma rápida e remota sem grandes chances de o usuário ser detectado”, acrescentou.
Os pesquisadores reconhecem esta atitude como “Wi-Fi educado”, quando há essa disponibilidade de acessar outras redes. Ainda que haja a proteção da senha, a criação consegue alcançar o contato, desde que a conexão esteja ao alcance.
Ao sobrevoar o prédio, o Wi-Peep faz contato com o novo dispositivo e estima qual é o tempo em que cada um irá corresponder, fazendo com que seja possível identificar a distância da conexão. A
bedi comentou como a nova descoberta funciona:
“Os dispositivos Wi-Peep são como luzes no espectro visível e as paredes são como vidro.”
Os pesquisadores apontam que a nova tecnologia, comparada a outros dispositivos, é acessível e pode ser transportada com facilidade. Foram necessários apenas US$ 15 em hardware para construir o drone rastreador.
“Assim que a brecha do Polite Wi-Fi foi descoberta, percebemos que esse tipo de ataque era possível”, destacou o Dr. Abedi.
O Wi-Peep foi desenvolvido para que essa teoria pudesse ser testada. Então, os pesquisadores perceberam que um dispositivo poderia ser criado com facilidade por uma pessoa que soubesse o que estava fazendo.
“Em nível fundamental, precisamos corrigir a brecha do Polite Wi-Fi para que nossos dispositivos não respondam a estranhos”, disse Abedi, que completou: “Esperamos que nosso trabalho informe o design de protocolos da próxima geração”.