19 de dezembro de 2025
sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Programa Protetor registra impacto de R$ 4 bilhões na criminalidade e define estratégias

As operações do Programa Protetor realizadas em 2025 geraram impacto estimado em mais de R$ 4 bilhões nas perdas do crime organizado, a partir de investimentos de aproximadamente R$ 112 milhões e com execução orçamentária superior a 97%. Esses resultados foram apresentados e avaliados no Workshop do Programa Protetor: Outros Biomas, promovido pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) nos dias 16 e 17 de dezembro, em Brasília (DF).

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Organizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com coordenação da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) e condução técnica da Coordenação‑Geral de Fronteiras e Amazônia (CGFRON), o evento reuniu cerca de 70 profissionais das forças de segurança pública e de órgãos ambientais de 17 Unidades da Federação e do Distrito Federal, com ênfase nos biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa.

Além das perdas financeiras infligidas ao crime, os dados consolidados registram milhares de ações preventivas e repressivas, incluindo fiscalizações ambientais, combate a incêndios florestais e apreensões de armas, drogas, maquinário, veículos e outros produtos ilícitos, além da atuação integrada no enfrentamento do desmatamento ilegal e de outros crimes ambientais. Esses resultados confirmam a eficácia do modelo de cooperação federativa adotado pelo Programa Protetor.

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O workshop teve como metas principais consolidar a avaliação operacional das iniciativas desenvolvidas ao longo de 2025, identificar desafios logísticos e de governança, aperfeiçoar protocolos interagências e reforçar o uso de tecnologias de monitoramento, inteligência e detecção remota. As discussões também subsidiaram a elaboração do Planejamento Integrado para 2026, alinhado às diretrizes nacionais do MJSP para um enfrentamento mais qualificado dos crimes ambientais.

Programação

A programação técnica incluiu palestras, painéis temáticos, estudos de caso e debates conduzidos por especialistas de instituições estaduais e federais. Entre os temas tratados estiveram: o monitoramento ambiental por sensoriamento remoto, práticas bem-sucedidas no combate às queimadas e ao desmatamento, a utilização de sistemas estratégicos, como o Sinesp CAD e a Plataforma Brasil Mais, além da resposta integrada a desastres ambientais e da avaliação técnica das operações estaduais.

Na palestra de abertura, o diretor de Operações Integradas e de Inteligência da Senasp, Rodney da Silva, ressaltou a complexidade do enfrentamento aos crimes ambientais no Brasil. Observou que a existência de seis biomas e de dinâmicas criminosas diversas torna o trabalho desafiador e defendeu a implementação de uma Rede Nacional de Proteção Ambiental Integrada.

Segundo o diretor, a proposta da Rede Nacional de Proteção Ambiental Integrada, a ser estruturada pela Diopi, tem previsão de início em 2026 e pretende articular a atuação de múltiplas agências federais, estaduais e municipais, tanto na prevenção quanto na repressão aos crimes ambientais. A iniciativa visa fortalecer a governança, padronizar procedimentos e ampliar a eficiência das operações em todo o território nacional.

O encontro marcou a primeira vez em que profissionais das Polícias Militares Ambientais e dos Corpos de Bombeiros Militares dos estados que abrangem os biomas Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga, Pantanal e Pampa se reuniram em um fórum nacional com foco nesses territórios. Em 2025, de forma experimental, a Operação Protetor dos Biomas apoiou ações de combate a incêndios florestais em estados como Bahia (BA), Espírito Santo (ES), Minas Gerais (MG), Sergipe (SE) e Piauí (PI), cujas experiências e resultados foram apresentados no workshop.

Ao término do encontro, os participantes enfatizaram a relevância do intercâmbio de informações e da padronização de estratégias para aprimorar as operações no próximo ciclo. As contribuições técnicas servirão de base para o fortalecimento do Programa Protetor em 2026, reafirmando o compromisso do MJSP com a proteção dos biomas brasileiros e com o enfrentamento integrado e qualificado dos crimes ambientais.

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