O advogado-geral da União, Jorge Messias, foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Graduado em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco, Messias construiu uma trajetória marcada pela atuação técnica e pela proximidade com o núcleo político do PT.
Carreira pública e cargos
Entre 2011 e 2012, atuou como consultor jurídico nos Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia. Em 2015, no governo de Dilma Rousseff, assumiu a subchefia para assuntos jurídicos da Casa Civil.
Naquele ano, ganhou projeção em âmbito nacional ao ser citado por Dilma em uma ligação com Lula interceptada na Operação Lava Jato.
Na conversa, a então presidenta afirmou que o “Bessias” entregaria um documento que permitiria ao petista assumir a Casa Civil. O episódio transformou Messias em figura conhecida do grande público e em símbolo de lealdade ao grupo de Lula e Dilma.
Transição, AGU e indicação ao STF
Com a volta de Lula ao Planalto, Messias foi convocado no fim de 2022, ainda como procurador da Fazenda, para coordenar a equipe jurídica da transição de governo.
No ano seguinte, passou a chefiar a AGU (Advocacia-Geral da União), onde representou os interesses do governo perante o Judiciário e consolidou reputação de discrição e competência técnica.
A escolha de Messias para o STF foi influenciada pela boa relação com ministros da Corte, pela confiança do presidente e pelo seu perfil evangélico. No ano passado, participou de uma série de vídeos da Fundação Perseu Abramo sobre “o que pensam os evangélicos petistas”, iniciativa vista como tentativa de aproximar o partido de um eleitorado historicamente conservador.








