O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou a segunda fase do programa Floresta Viva, com foco na restauração ecológica e no apoio a comunidades. O investimento inicial é de R$ 100 milhões provenientes do Fundo Socioambiental do BNDES, podendo chegar a R$ 250 milhões com a participação de parceiros. A iniciativa vai financiar projetos de recuperação com espécies nativas e Sistemas Agroflorestais (SAFs) nos biomas Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica.
Durante o evento de lançamento, a diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, ressaltou a novidade desta etapa, que inclui mecanismos para a verificação de créditos de biodiversidade. Ela explicou que a escolha dos biomas fora da Amazônia se deve à maior atenção internacional e recursos já destinados à região amazônica, como os do Fundo Amazônia.
O presidente do ICMBio, Mauro Pires, destacou o papel do BNDES em atrair parceiros financeiros interessados em projetos de conservação que envolvam as comunidades locais. Segundo ele, essa abordagem pode servir de exemplo para outros países.
Thiago Belote, diretor do Departamento de Florestas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, enfatizou que o programa vai além dos serviços ecossistêmicos, promovendo também a segurança alimentar.
Processo de Seleção
O edital para escolher o parceiro responsável pela gestão já está disponível no site do BNDES. A organização selecionada ficará encarregada de contratar e acompanhar os projetos, além de capacitar organizações sociais. O resultado será divulgado em novembro, durante a COP30, e o contrato terá duração de até seis anos.
Podem participar instituições sem fins lucrativos e entidades públicas federais que comprovem capacidade técnica e financeira. A seleção dos projetos será feita por um comitê formado por representantes do BNDES, possíveis doadores e especialistas.
O programa terá impactos diretos na preservação ambiental e na vida das comunidades, com benefícios como recuperação de nascentes, melhoria da qualidade da água e geração de renda. Diferente da primeira fase, esta edição terá ciclos de seleção contínuos para acelerar a aprovação.
A primeira fase do Floresta Viva mobilizou R$ 460 milhões, metade deles de parceiros privados e públicos. Foram contratados mais de 60 projetos, cobrindo 8.500 hectares em recuperação. Entre os apoiadores estão empresas como Petrobras, Banco do Nordeste e Fundo Vale.
O BNDES recebeu o Prêmio Alide 2024 pelo modelo inovador da iniciativa, que une diversos parceiros para ampliar os resultados.








