O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (11) que para alcançar a paz na Ucrânia durante suas discussões com Vladimir Putin, concessões territoriais serão necessárias. “Deve haver troca de territórios”, disse Trump.
Em preparação para a cúpula com Putin prevista para a sexta-feira (15) no Alasca, o presidente republicano reiterou simpatia à posição do governo russo no conflito. Trump manifestou admiração pela Rússia e expressou descontentamento com o presidente ucraniano Volodimir Zelenski.
Zelenski tinha elogiado a pressão para Putin gerada pelas recentes ações de Trump, porém protesta porque a cúpula não inclui a participação ucraniana. Na segunda-feira, Zelenski descreveu as ações russas como uma forma de “ganhar tempo” e rejeitou firmemente a possibilidade de conceder territórios à Rússia, uma condição que a Rússia insistiu desde a anexação ilegal da Crimeia em 2014 até a invasão ucraniana ocorrida em 2022.
Trump havia sugerido anteriormente que essas concessões seriam inevitáveis e enfatizou essa ideia no contexto de seu discurso na Casa Branca desta segunda-feira. Embora tenha indicado que a Rússia também deveria fazer concessões, estes se refeririam especificamente à devolução de territórios ocupados na Ucrânia.
Considerando que Zelenski ocupou uma pequena parte da região de Kursk, no sul da Rússia, por apenas oito meses antes de ser afastado, suas opções para negociação são limitadas apenas às terras ucranianas, situação percebida como frequentemente inevitável, ignorando as vozes de protesto em Kiev e nas capitais europeias.
Trump garantiu que “por respeito” ele conversará com Zelenski antes de se encontrar com Putin. No dia seguinte, quarta-feira (13), haverá uma conferência na União Europeia com o objetivo de reunir os líderes continentais, Trump e Zelenski com o intuito de oferecer suporte a Kiev.
O líder republicano sugeriu que “os líderes europeus ‘overdosaram’ da situação com a Ucrânia, preferindo investir recursos em seus próprios países”. Trump também reagiu com informações errôneas acerca da assistência que os EUA estavam fornecendo a Kiev, referindo-se a isso como a “guerra de Joe Biden”, uma referência ao antecessor democrata e rival político.
Trump insistiu em sua reivindicação de que os EUA haviam contribuído com US$ 350 bilhões para a capital ucraniana, comparativamente aos US$ 100 bilhões fornecidos pelos europeus. No entanto, com base nos Dados do Instituto para Economia Mundial de Kiel na Alemanha, as contribuições registradas de abril foram na verdade: US $ 132 bilhões dos EUA e US $ 180 bilhões do continente europeu.
Sempre insistindo com a possibilidade de desdobramentos descabidos caso Putin não seja convencido a um cessar-fogo, Trump ameaçou punir a Rússia com uma série de sanções econômicas adicionais.
Entretanto, o tom conciliador de Trump quando trata s contra outros chefes de estado, posa uma chave importante para o acordo potencial com Putin. Trump continua realizando comparações favoráveis sobre a capacidade militar da Rússia enquanto expressa confiança em que seu governo é capaz de enfrentar qualquer obstáculo.
Por fim, Trump almeja a normalização das relações comerciais entre os EUA e a Rússia e considera essa proximidade vital para ambos. “A Rússia é uma nação poderosa, com uma extensão territorial valiosa”, enfatizou ele.
Trump também expressou insatisfação com Zelenski, referindo-se a ocasiões anteriores onde surgiram problemas públicos entre os dois.
Ainda assim, mesmo reconhecendo a possibilidade realística de que a reunião com Putin pode não resultar em uma solução imediata, Trump mantém uma atitude de positividade consciente de que和平,即便很难,还是有可能达成的。








