Crise de Fome no Médio Oriente e África
Agências das Nações Unidas destacam como as crises globais têm piorado a fome na África e no Médio Oriente. Segundo o relatório da ONU sobre Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo 2025 (SOFI), as tensões comerciais, os conflitos e as mudanças climáticas impulsionam a inflação alimentar globalmente.
Elaborado pelo FIDA, o relatório junta dados de cinco organizações internacionais: FAO, FIDA, UNICEF, PAM e OMS. Álvaro Lario, presidente do FIDA, afirma que as crises nessas regiões são causadas por conflitos, tensões econômicas e choques climáticos.
Impacto das Tensões Comerciais
A continuidade das tarifas elevadas desde a administração Trump contribui para as tensões comerciais, afetando o comércio agrícola. O inquérito mostra que a fome afeta mais de 20% da população africana e 12,7% no Médio Oriente, impactando milhões de pessoas.
Desafios para os Pequenos Agricultores
Os pequenos agricultores enfrentam dificuldades crescentes, resultando em migração econômica. Considerados aqueles que operam menos de 2 hectares, esses agricultores são cruciais para a segurança alimentar. No entanto, vivem abaixo da linha de pobreza, recebendo menos de 1% do financiamento climático necessário.
Investir na agricultura e nos pequenos agricultores é crucial para combater a fome. Lario destaca que a África importa milhões em alimentos, mas poderia ser autossuficiente e criar empregos relacionados à produção e distribuição alimentar.
Conflitos e Insegurança Alimentar
Segundo a IPC, mais de 35 milhões vivem em estado de emergência alimentar, com quase 2 milhões enfrentando condições de catástrofe. Regiões como a Faixa de Gaza, Sudão do Sul, Sudão, Iémen e Haiti estão em alerta, com Gaza apresentando níveis recordes de insegurança alimentar.
Lario ressalta a situação crítica, especialmente na África e no Médio Oriente, onde os números continuam a crescer.








