A Organização Mundial da Saúde, OMS, lançou um apelo de emergência de US$ 2,54 bilhões para socorrer 339 milhões de pessoas este ano.
A meta é fornecer assistência em situações que aumentaram quase 25% em relação ao ano passado.
Reconstrução de sistemas de saúde
Em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que a agência opera em 150 países e pode responder até mesmo os casos mais isolados de emergências.
Ele contou que os fundos serão aplicados na reconstrução de sistemas de saúde fortes e resilientes, acesso igualitário a remédios, vacinas e a outros produtos essenciais, além se promover o avanço rumo a um mundo mais saudável, equilibrado e sustentável.
Atualmente, a OMS responde a “um número sem precedentes de emergências de saúde cruzadas”. São desastres devido a fatores como alterações climáticas, insegurança alimentar, guerra e impacto dos conflitos na saúde.
A situação ocorre em meio às interrupções do sistema pela pandemia e surtos como sarampo, cólera e outros com vítimas fatais.
Dentre os quadros mais graves estão recuperação pós-inundações no Paquistão e a crise de segurança alimentar nas regiões africanas do Sahel e Chifre da África.
E a agência ainda faz a resposta emergencial em países como Ucrânia, Iêmen, Afeganistão, Síria e norte da Etiópia.
Risco iminente de doenças
A agência observa um aumento de pessoas que nunca enfrentaram o risco iminente de doenças e fome, mas precisam de ajuda imediata.
Ele lembra que essas crises não se resolvem sozinhas e pediu aos doadores para ajudar a “salvar vidas, evitar a propagação de doenças dentro e fora das fronteiras e a apoiar as comunidades em sua reconstrução”.
A agência lida com 54 crises de saúde em todo o mundo, 11 classificadas como grau 3, que é o nível mais alto de emergência carecendo “de resposta em todos os três níveis”.
Em 2022, a ação emergencial envolveu a entrega de medicamentos, suprimentos, treinamento para médicos e outros profissionais de saúde, vacinas, vigilância de doenças, clínicas móveis, apoio à saúde mental, consultas maternas etc.
Entre os parceiros contam-se Estados-membros, agências da ONU, organizações não-governamentais, da sociedade civil e outros atores em níveis comunitário, nacional e regional.