quarta-feira, 9 de abril de 2025

Cidades brasileiras realizam atos contra anistia a golpistas

Manifestantes se reuniram em diversas cidades brasileiras neste domingo (30) em protestos contra a anistia aos golpistas envolvidos na tentativa de golpe de 8 de janeiro. A maior concentração ocorreu em São Paulo, onde o público pediu punições severas para os responsáveis pela depredação dos edifícios na Praça dos Três Poderes e por figuras políticas ligadas ao movimento golpista, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

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Mobilização em São Paulo

As manifestações foram organizadas por entidades sindicais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), além de coletivos como a Frente Brasil Popular, Frente Povo sem Medo, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A marcha em São Paulo teve início na Avenida Paulista e seguiu até o antigo Doi-Codi, local que simboliza a repressão durante a ditadura militar a partir de 1964.

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O evento teve um forte apelo simbólico, destacando a importância da defesa da democracia e a lembrança das vozes silenciadas durante o regime militar. Participantes, como Lenir Correia, alertaram que a anistia para os atos de 8 de janeiro representaria uma “carta branca” para futuros golpes. Outras vozes, como a de Sada Shimabuko, enfatizaram que discutir a anistia é um desvio dos princípios democráticos.

Opiniões sobre o futuro político

Os manifestantes argumentaram por julgamentos justos e processos legais em relação aos acusados, com o objetivo de evitar crises de poder no Legislativo e garantir a integridade das instituições democráticas. Emmanuel Nunes, um dos participantes, ressaltou a importância da voz das ruas como um forma de pressionar por justiça.

Mobilização no Rio de Janeiro

Na capital fluminense, o domingo foi marcado por panfletagem e mobilização para um ato unificado programado para terça-feira (1º). Em locais como a Feira da Glória e a Praia de Copacabana, grupos distribuíam materiais que enfatizavam a necessidade de responsabilização dos envolvidos nos atos criminosos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Sérgio Santana, membro da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, destacou que a questão da anistia transcende divisões partidárias, reunindo defensores da democracia de diferentes orientações políticas. Regina Toscano, parte do Núcleo Resistência do PT, reafirmou o compromisso com a luta contra qualquer forma de ditadura ou tortura.

Na terça-feira, o ato unificado no Rio de Janeiro incluirá uma caminhada do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) até a sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A manifestação também fará uma reflexão sobre o golpe de 1964, buscando preservar a memória, a verdade e a justiça. Segundo Santana, os eventos de 1964 e os recentes atos golpistas estão interconectados na medida em que ambos ameaçam o Estado Democrático de Direito.

Outras capitais, como Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, São Luís, Belém, Recife e Curitiba, também registraram mobilizações neste domingo, embora com menor comparecimento em comparação a São Paulo.


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