A recente postura adotada pelo líder chinês Xi Jinping sugere uma tentativa de reaproximação com o setor privado, após anos de regulação rigorosa. Este movimento ocorre em um momento em que a economia da China enfrenta dificuldades, e o foco em empresas de tecnologia se torna crucial para o desenvolvimento econômico do país.
Reunião histórica com líderes empresariais
Na última segunda-feira, o Salão do Povo em Pequim recebeu figuras notáveis do empresariado, incluindo Ren Zhengfei da Huawei, Wang Chuanfu da BYD e Liang Wenfeng da DeepSeek. A presença de Jack Ma, fundador da Ant Group, que havia se afastado da vida pública após críticas a reguladores, reforçou a intenção de Pequim de restabelecer a confiança nas empresas privadas.
Recuperação da confiança nas empresas privadas
O encontro foi amplamente visto como um sinal de que a China pretende superar os desafios impostos por pressões externas, apoiando seus “campeões nacionais”. O governo tem direcionado esforços para impulsionar setores estratégicos como veículos elétricos, inteligência artificial e semicondutores, essenciais para enfrentar barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.
Destaque para o setor de tecnologia
Empresas como Huawei e BYD simbolizam a resiliência da China diante das sanções nos mercados ocidentais. A Huawei, que já liderou o mercado de smartphones, agora se concentra em consumidores internos com novos produtos, enquanto a BYD expande sua atuação globalmente, incluindo fábricas na América Latina.
A relação entre Estado e setor privado
Apesar da retórica de apoio ao setor privado, Xi Jinping deixou claro que os interesses dos empresários devem estar alinhados com os preceitos do “socialismo com características chinesas”. Ele enfatizou a importância do patriotismo empresarial e a colaboração com o Partido Comunista, afirmando que a autonomia privada não é viável dentro do modelo econômico do país.
Estratégia de recuperação econômica
A reunião também destacou a intenção do governo em estimular a economia através de investimentos em setores produtivos, embora as grandes empresas de tecnologia continuem dependentes das políticas externas. Para se manter competitivas, as empresas chinesas precisarão não só recuperar sua posição no mercado global, mas também contar com o suporte do governo diante de ameaças externas.
Perspectivas futuras
A incerteza sobre intervenções estatais havia gerado cautela entre os investidores. A cerimônia com líderes empresariais foi um indicativo de que, pelo menos temporariamente, a perseguição regulatória pode ter chegado ao fim. O impacto dessa nova abordagem a longo prazo ainda é incerto, mas a expectativa é que impulsione a competitividade e a inovação no país.







