A frágil articulação política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá muito trabalho para conter o impacto das diversas ações movidas contra a primeira-dama Janja, em decorrência de sua conduta durante o recente G-20. O evento, que ficou marcado pela extravagância do que foi chamado de “Janjapalooza”, gerou uma série de reações no Congresso, com 31 ações já protocoladas por deputados.
As acusações e críticas contra a mulher de Lula vão desde moções de repúdio e cobranças de explicações, até a convocação de ministros em comissões da Câmara e do Senado. O centro das contestações é o uso de recursos públicos para custear o evento promovido por Janja, que, segundo parlamentares, excedeu os limites daquilo que seria aceitável para um evento oficial. Entre as medidas mais graves estão dois processos que questionam a legalidade do uso de dinheiro público no “Janjapalooza”, com exigência de devolução dos valores gastos, acrescidos de juros e correção.
Essas ações refletem o crescente mal-estar político e a pressão sobre o governo federal, que agora se vê diante da necessidade de justificar e responder às críticas sobre o episódio.