Dia de comemorar a resistência do povo que foi escravizado e tanto contribuiu na formação do País, na figura de Zumbí e levar a sociedade à reflexão de seus valores morais, dia de cobrar equidade na educação, saúde e lazer, reparação histórica, resgatando e valorizando a cultura negra. Refletindo sobre a história de luta e superação para criarmos uma sociedade justa, igualitária e respeitosa independente da raça.
O Brasil tem hoje uma ministra de igualdade racial mulher, nem todo branco é carrasco e nem todo preto é aliado, o que destaca essa mulher como ministra é sua luta enquanto mulher preta conhecedora de suas limitações sociais e mesmo assim resiste mostrando o valor e o conhecimento da mulher preta, mostrando a fragilidade da mesma enquanto arrimo de família, enquanto ser social que ocupa os locais mais perigosos no meio ambiente, como as encostas de morros, na saúde sofrendo violência obstétrica e na educação sem tempo para formação.
O movimento feminista quando fez o recorte de raça foi quem deu visibilidade para a luta da mulher negra, porquê quando a branca foi pra rua exigir o direito ao trabalho a negra já trabalhava e precisou exigir direitos trabalhistas, remuneração, valorização salarial, respeito para atuar em cargos de poder.
E hoje o grande enfrentamento é no fazer política, o quanto temos a contribuir uma vez que defendemos a criação de políticas públicas, como horários extensivos nos postos de saúde, construção de creches, mobilidade urbana com transportes públicos.
Porquê não queremos ser amassadas e nem assediadas com nossas curvas, queremos respeito aos nossos corpos pretos. O principal desafio é conscientizar a mulher negra e empoderá-la do seu valor enquanto cidadã nesta sociedade capitalista e escravagista.