Representantes da Fifa e da Conmebol estiveram nesta segunda-feira (8) na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio, para conversar com o presidente Ednaldo Rodrigues e outros diretores.
A visita estava marcada há algumas semanas, quando Rodrigues estava afastado por decisão judicial, e mesmo assim foi mantida.
Estiveram no prédio Emilio Garcia Silvero, chefe de conformidade da Fifa e parte do corpo jurídico da federação internacional, e Rodrigo Aguirre, gerente jurídico da Conmebol.
“A Fifa veio aqui para poder garantir a independência da CBF e o cumprimento dos estatutos da Fifa e da Conmebol. Ficamos aliviados com a decisão do STF que restaura a presidência da CBF a Ednaldo, estamos contentes que voltamos à situação original”, disse Emilio Garcia Silvero, chefe de conformidade da Fifa.
Entenda o caso
O processo que causou o afastamento de Ednaldo Rodrigues está ativo desde 2018, por iniciativa do Ministério Público do Rio de Janeiro, ainda referente à eleição de Rogério Caboclo, antecessor de Ednaldo.
O MP questiona o estatuto da confederação por estar em desacordo com a Lei Pelé porque prevê pesos diferentes para clubes nas votações para a escolha dos presidentes. Os dirigentes das 27 federações estaduais têm peso 3 na votação, contra peso 2 dos 20 clubes da Série A e peso 1 dos 20 da B.
A Justiça anulou em 2021 a eleição de Rogério Caboclo e determinou uma intervenção na CBF, nomeando Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), como os interventores. Essa decisão foi cassada pouco tempo depois.
Mandato de Ednaldo seria até 2026
A CBF e o Ministério Público fizeram um acordo extrajudicial e assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Na nova eleição, em 2022, Ednaldo Rodrigues, que estava como presidente interino, foi eleito para um mandato completo de quatro anos, até março de 2026.
Gustavo Feijó, que era vice na época de Caboclo, acionou a 2ª instância. O pedido era que o TAC fosse anulado, e Ednaldo afastado, alegando que o juiz de 1ª instância não tinha atribuição para homologar o documento.
Foi isso que foi acatado em 7 de dezembro pelo TJ-RJ. Em 4 de janeiro, o Ministro do STF Gilmar Mendes concedeu uma liminar devolvendo Ednaldo ao comando da confederação até que o plenário do tribunal analise o caso, sem data para acontecer.
*Por CNN
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