Você sabe o que é o câncer de intestino, também chamado de colorretal ou do cólon e reto? Segundo os dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o número estimado de novos casos de câncer de intestino no Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 45.630 casos.
O número corresponde a um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes, sendo 21.970 casos entre os homens e 23.660 casos entre as mulheres.
Esse tipo de câncer surge quando ocorre algum dano/alteração no material genético da célula da parede do intestino, levando a uma proliferação celular desordenada e ao surgimento dos tumores malignos (cânceres), que podem invadir os órgãos adjacentes e/ou cair na corrente sanguínea e acometer os órgãos mais distantes.
“Abrange os tumores que se originam no intestino grosso (cólon) e no reto, também chamados de tumores colorretais. A maioria desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede do intestino grosso. Essas lesões podem evoluir formando os carcinomas. Os adenocarcinomas representam a quase totalidade dos cânceres colorretais”, aponta Aurenivea Cuerci Cazzoto Fassbender, Oncologista da Unimed Vitória.
A causa do câncer colorretal é multifatorial, entre eles o consumo excessivo de carnes vermelhas e alimentos processados, baixo consumo de fibras e consumo excessivo de álcool.
Confira outros fatores
- Tabagismo;
- Sedentarismo e obesidade;
- Diabetes mellitus e síndrome metabólica;
- Pessoas portadoras de doença inflamatória intestinal (doença de Crohn, retocolite ulcerativa);
- Histórico familiar para câncer colorretal, principalmente em parentes de primeiro grau;
- Presença de síndromes hereditárias, com a síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar.
Principais sintomas e exame
Entre os principais sintomas da doença, estão a perda de peso sem razão aparente, cansaço, fraqueza, anemia, dor abdominal, presença de sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal e sensação de evacuação incompleta.
“O exame para rastreamento é a colonoscopia. Via de regra, deve ser feita a partir dos 45 anos, mas a idade e a periodicidade para realização da colonoscopia pode variar dependendo do histórico familiar e da presença de síndromes hereditárias que aumentam o risco de desenvolver a doença”, conta Aurenivea Cuerci Cazzoto Fassbender, Oncologista da Unimed Vitória.
O tratamento
As opções de tratamento incluem cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e radioterapia, que podem ser realizadas de forma isolada ou em combinação, a depender do estágio da doença e das alterações moleculares e genéticas encontradas.
Como diminuir o risco de câncer de intestino
- Manter o peso adequado;
- Praticar atividade física regular;
- Não fumar;
- Não ingerir ou evitar o uso de bebida alcoólica;
- Manter hábitos alimentares saudáveis (dieta rica em frutas, verduras e fibras; evitar ingestão de carne vermelha e de alimentos processados).
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