sábado, 21 de dezembro de 2024

“Novos Viajantes” chega ao Palácio Anchieta obras de 34 artistas

“Novos Viajantes” é a primeira exposição do Sesc realizada no Espaço Cultural Palácio Anchieta, em Vitória. Com intuito de promover um encontro especial da população capixaba com obras em desenho, pintura e fotografia, a mostra é gratuita e acontecerá entre os dias 4 de julho e 10 de setembro.

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A exposição, que conta com a participação de 34 artistas, dos quais 29 têm passagem pelo Atelier Attilio Colnago e cinco convidados, teve como ponto de partida o universo iconográfico de cientistas, naturalistas, botânicos, zoólogos e, também, artistas da Europa que aportaram no Brasil, entre os séculos XVI e XIX, com o intuito de explorar o território recém-descoberto. Suas pesquisas resultaram na elaboração de uma grande quantidade de diários, coleções de objetos, de espécies naturais e de obras de artes visuais – desenhos, pinturas, gravuras –, que constituem o que ficou designado como “arte dos viajantes”. Os artistas desta exposição realizaram estudos históricos para a criação de seus trabalhos.

A mostra “Novos Viajantes” propõe apresentar um panorama da arte capixaba suscetível a reinterpretar, ressignificar e contemporaneizar a produção dos viajantes europeus. Além de promover reflexão sobre a importância da relação entre ciência e arte, contribuindo para a sensibilização sobre a importância da diversidade, da riqueza natural e da necessidade de conservação do meio ambiente.

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"Novos Viajantes" reúne obras de 34 artistas no Palácio Anchieta

Como exemplo da importância da documentação produzida pelos naturalistas, destaca-se o material resultante da expedição realizada por Carl Friedrich von Martius e Johan Baptiste von Spix, entre 1817 e 1820, quando, em lombo de mulas, percorreram durante três anos mais de dez mil quilômetros entre o Rio de Janeiro e o Amazonas.

Nessa viagem, propuseram a organização da vegetação brasileira em cinco biomas- cerrado, caatinga, ata Atlântica, Floresta Amazônica e pampas –, conceito utilizado até hoje e que foi, posteriormente, implementado com o pantanal. No Espírito Santo, foram de fundamental importância a passagem e a iconografia deixada pelos naturalistas Príncipe Maximiliano de Wied, com a publicação de “Viagem ao Brasil”, Saint-Hilaire com “Viagem ao Espírito Santo e Rio Doce” e pela Princesa Teresa da Baviera.

Nasce, assim, o projeto “Novos Viajantes. Nesse contexto, a mostra está representada, em sua maioria, por artistas que têm uma ligação com o atelier de Attilio Colnago. Cada um com a peculiaridade e especificidade de sua obra.

Mata Atlântica 

"Novos Viajantes" reúne obras de 34 artistas no Palácio Anchieta

A Mata Atlântica é um universo vasto em exemplares de fauna e flora e merece ser preservado. Em diferentes períodos, sempre exerceu um fascínio para o olhar dos cientistas e dos artistas.

É singular a necessidade de convergir mais olhares em direção a essa imensa floresta, em virtude da sua exuberância e riqueza da sua biodiversidade.

Dessa forma, “Novos Viajantes” leva ao público imagens que provoquem reflexão e prazer estético, propondo a necessidade de mudança de posturas e ações que possam contribuir de forma significativa na relação do homem com o meio em que vive. Fica evidente a necessidade de assegurar a manutenção dos mais diversos biomas para o equilíbrio do planeta.

"Novos Viajantes" reúne obras de 34 artistas no Palácio Anchieta

Salas especiais

Na mostra a ser exibida no Palácio Anchieta, além de mais de 115 obras, serão inseridas duas salas especiais: uma delas é a “Sala Mata Atlântica”, que reúne “memórias” da riqueza da Floresta capixaba.

A segunda sala, “Aquarelas de Augusto Ruschi”, que é dedicada a uma exibição inédita dos trabalhos de ilustração do ecologista Augusto Ruschi. A seleção – oriundas de mais de 200 imagens – teve seu início de produção na década de 1920, quando Augusto Ruschi esboçou suas primeiras ilustrações de orquídeas e beija-flores. O conjunto de aquarelas apresentado propõe um olhar sobre o percurso de diferentes décadas da produção e conexão com a tradição naturalista de Ruschi.

A mostra conta com a curadoria de Attilio Colnago Filho. A produção-coordenação é de Paulo de Barros.

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