16 de maio de 2025
sexta-feira, 16 de maio de 2025

O uso de antidepressivos por gestantes: benefícios x riscos

Mas afinal, o que é depressão?

A depressão é um transtorno de humor que de acordo como DSM-V é caracterizada por um grau de tristeza muito grave ou persistente, podendo acabar interferindo no dia a dia da pessoa, diminuindo o seu interesse ou prazer em suas atividades diárias.

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Os principais sintomas são humor deprimido, anedonia (incapacidade de sentir prazer em atividades normalmente agradáveis), cansaço excessivo, falta de concentração, baixa autoestima, ideias de culpa e inutilidade (que podem ou não vir acompanhadas de ideação suicida), mudança nos hábitos de sono e apetite.

É imprescindível o acompanhamento psiquiátrico e psicológico, tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado.

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Causas e tratamento

Já foi dito que a causa da depressão são os fatores psicossociais, mas hoje em dia entende-se que o transtorno depressivo é o que desencadeia as condições psicológicas e sociais, a depressão é ocasionada por uma disfunção química no cérebro devido a alterações de neurotransmissores.

Os principais são serotonina, dopamina e noradrenalina que são os neurotransmissores responsáveis por nos proporcionar a sensação de bem-estar.

Dessa forma, além do acompanhamento psicológico é importante que o médico psiquiatra indique o tratamento medicamentoso necessário para reduzir e controlar os sintomas, para que seja regulada as funções dos neurotransmissores responsáveis pela satisfação e equilíbrio emocional.

E a gestante? Pode fazer uso de antidepressivo?

Sobre o uso de remédios antidepressivos durante a gestação, ainda não é possível mensurar todos os riscos da exposição do feto a qualquer medicamento psicotrópico, mas em se tratando de uma mulher com histórico de depressão e que apresentam sintomas depressivos durante a gestação vale ponderar o que pode afetar mais o bebê, se a exposição à medicação ou se o quadro depressivo da mãe vai prejudicar o desenvolvimento fetal. 

Durante a gestação, mãe e bebê são um só organismo, assim fármacos psicoativos atravessam a placenta e podem expor o feto a algum grau de risco, por outro lado, a depressão apresenta alteração hormonal e esses hormônios liberados pela mãe também atravessam a placenta, pois é uma única corrente sanguínea.

Por essa razão os sentimentos que a gestante vive com mais intensidade vai construindo o psiquismo do indivíduo em formação. 

Acompanhamento médico

O mais sensato é que gestantes com históricos de depressão não interrompam o uso da medicação subitamente, que seja realizado acompanhamento psiquiátrico e informado ao Obstetra todo histórico de saúde da gestante, incluindo o de saúde mental.

Nesses casos é de extrema importância o pré-natal psicológico e acompanhamento psicológico daquela gestante, para que possa lidar com as especificidades da gestação bem como dos sintomas depressivos apresentados. 

Concluindo…

Parte da personalidade do filho é formada com base nos sentimentos que a mãe tinha enquanto estava grávida, assim é importante que as gestantes esperem por seus bebês de uma forma mais tranquila e saudável.

Na verdade, em qualquer gestação o ideal é que a gestante faça o acompanhamento multidisciplinar com várias especialidades para cuidar da saúde como um todo.

Não existe regra, cada gestante tem que ser avaliada com sua individualidade e que os especialistas analisem os benefícios e os riscos da medicação para situação específica que aquela mulher se encontra no momento.

Leia também: Maternidade solo: conceito e desafios

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Maylu Pagani
Maylu Pagani
Psicóloga Infantil, Perinatal e Parental

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