O MWC (Mobile World Congress) retorna a Barcelona entre esta segunda (27) e quinta (2) com o tema de “velocidade”, inspirado pelo 5G.
O evento, um dos mais importantes de tecnologia do mundo, é focado no setor de telecomunicações e tradicionalmente reúne dezenas de milhares de pessoas para discutir o futuro digital. É organizado pela GSMA, entidade que congrega as teles.
Em entrevista ao jornal oficial do congresso, o CEO da GSMA, John Hoffmann, explicou que a escolha do tema deste ano se deve à aceleração em várias frentes relativas à nova geração da telefonia, como as mudanças trazidas pela conectividade. “O 5G teve a adoção mais rápida da história”, disse.
Neste ano, a lista de palestrantes inclui nomes como Jose Maria-Alvarez Pallete, CEO da Telefónica e figurinha carimbada no congresso, e Greg Peters, executivo-chefe da Netflix.
Novamente, o metaverso aparece entre os principais assuntos do MWC. Por demandar muito da infraestrutura de telefonia, esse é um termo pop em vários painéis do evento.
A palavra entrou na moda nas discussões de tec nos últimos anos e está na boca de todas as grandes empresas do setor, em boa parte puxadas pela Meta, dona do Facebook e Instagram.
Trata-se de uma nova forma de consumir conteúdo digital e interagir com a internet. Em vez de olhar para uma tela, as coisas passam também a ser vistas por realidade virtual e realidade aumentada –criando uma espécie de universo virtual.
Uma das críticas de analistas ouvidos pela organização do MWC é a lentidão na adoção na prática das ideias de metaverso, em relação à expectativa gerada quando o termo passou a ganhar destaque. Um pouco dessas ideias já existe na prática, mas é mais uma aposta para o futuro.
Além dele, destaque para inteligência artificial (na esteira de avanços como o ChatGPT) e o impacto da tecnologia no meio ambiente.
PÚBLICO
A edição de 2023 do MWC vem com a expectativa de aumento no público em relação a 2022, a primeira de grandes proporções após o início da pandemia, mas ainda com participação abaixo de anos anteriores.
Ao contrário do ano passado, o MWC não terá qualquer tipo de restrição sanitária. Argumentando estar em linha com as regras locais, a GSMA, entidade que congrega as teles e organiza o evento, não exigirá nem vacinação dos participantes.
Segundo a GSMA, a expectativa de público deste ano é ter mais de 80 mil pessoas, de 180 países, além de 2.000 expositores. Uma alta em relação ao ano passado, com 61 mil participantes, mas ainda abaixo dos 109 mil de 2019, última edição pré-pandemia.
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