Durante o Meta Connect 2024, a empresa fez um anúncio muito aguardado: a confirmação do Orion, um projeto de óculos de realidade aumentada que ganhou destaque desde 2019, mas que agora se transforma em um produto acessível ao consumidor final.
A Meta justifica a criação do Orion com a proposta de que o usuário não precisa escolher entre estar presente no mundo físico e ter acesso a informações instantâneas. Para isso, a empresa desenvolveu uma experiência com óculos que se assemelham a modelos convencionais, mas com lentes capazes de exibir informações em tempo real e imagens 3D holográficas que interagem com o ambiente ao redor.
Orion: o futuro da realidade aumentada
Os novos óculos de realidade aumentada da Meta, conhecidos como Orion, estão projetados para transformar a forma como interagimos com o mundo digital (Imagem: Divulgação/Meta).
Por enquanto, o Orion estará disponível apenas para um grupo restrito. A Meta anunciou que nesta fase inicial, os óculos serão oferecidos apenas a funcionários e a um público específico, visando coletar feedback para aprimorar o produto antes de seu lançamento no mercado.
Leve e compacto, mas como funciona?
Embora a armação do Orion seja mais robusta do que a de óculos tradicionais, representa um avanço significativo em comparação com as experiências de realidade aumentada anteriores. Em comparação com o HoloLens da Microsoft, o Orion traz melhorias notáveis.
A inovação se deve ao fato de que os óculos são parte de um sistema mais amplo. O processamento não é feito exclusivamente nos óculos; um dispositivo externo, com formato semelhante a um sabonete, realiza a maior parte das tarefas. Este aparelho, que se conecta aos óculos sem fio, pode ser facilmente transportado no bolso, transmitindo as imagens para as lentes.
Interação socialmente acessível
A Meta também se preocupou com as interações sociais que um dispositivo desse tipo poderia gerar. Para garantir que o uso dos óculos seja discreto em ambientes públicos, foi desenvolvida uma pulseira com sensores eletromiográficos (EMG). Esses sensores interpretam os impulsos elétricos do sistema nervoso, permitindo que os usuários interajam com os óculos por meio de movimentos sutis das mãos e dedos, evitando gestos exagerados que poderiam chamar a atenção.
Inteligência artificial ao seu alcance
Como era de se esperar para um produto de 2024, a IA desempenha um papel central na experiência do Orion. O sistema é projetado para estar totalmente integrado à Meta AI, a plataforma de inteligência artificial da empresa.
Isso possibilitará que os usuários acionem a assistente virtual para responder perguntas sobre objetos em seu campo de visão, como a raça de um cachorro encontrado na rua ou sugestões de receitas com ingredientes disponíveis na geladeira.
Além disso, a Meta planeja incluir recursos que permitem participar de chamadas de vídeo e voz em aplicativos como WhatsApp e Messenger, utilizando a tecnologia holográfica. A empresa também deverá oferecer versões adaptadas de aplicativos como YouTube e Spotify, permitindo assistir a vídeos ou ouvir músicas sem precisar tirar o celular do bolso.