Dezenas de figuras recentemente descobertas em Nazca, na costa sul do Peru, estão fornecendo informações cruciais aos arqueólogos sobre a distribuição exata dos misteriosos geoglifos pré-incas declarados patrimônio da humanidade.
Um grupo de especialistas locais e japoneses da Universidade de Yamagata revelou neste mês a descoberta de 168 novos geoglifos em Nazca, datados de mais de 2.000 anos, que se somam a centenas de outras figuras gigantescas esculpidas na costa do deserto por antigos habitantes.
Esse é o segundo conjunto de figuras revelado por estudiosos da universidade japonesa com a ajuda de sobrevoos de drones e imagens de satélite. Desde o início de sua missão em 2004, 358 novos geoglifos foram encontrados na área.
“Os novos geoglifos encontrados em Nazca correspondem principalmente a pequenas figuras com 2 a 6 metros de comprimento em média”, disse à Reuters TV o arqueólogo Jorge Olano, chefe do programa de pesquisa das Linhas de Nazca e que fez parte do estudo.
O propósito das Linhas de Nazca, que a princípio só podiam ser vistas do ar, permanece um mistério.
Os achados revelados neste mês, no entanto, são figuras menores e podem ser vistas no nível do solo, de acordo com o diretor da pesquisa acadêmica, professor Masato Sakai.
Os vestígios das culturas pré-incas de Nazca e Paracas, localizadas a cerca de três horas de estrada de Lima, constituem um dos principais patrimônios da costa sul do Peru, mas seu estudo e conservação são complicados devido ao extenso terreno que ocupam.