Famoso pelo efeito de formigamento na boca, o jambu é uma planta típica da culinária amazônica, amplamente utilizada em infusões com fins terapêuticos. O chá de jambu é reconhecido por suas propriedades diuréticas, anti-inflamatórias e afrodisíacas, graças a seus compostos bioativos.
Com o nome científico Acmella oleracea, o jambu é nativo da região Norte do Brasil e é frequentemente encontrado em pratos paraenses, como o tacacá e a maniçoba. A sensação de dormência na boca é atribuída ao espilantol, uma substância com ação anestésica natural.
Benefícios nutricionais do chá de jambu
Além dos efeitos sensoriais, o jambu é rico em nutrientes essenciais. Contendo vitamina C e minerais como ferro, cálcio e potássio, essa planta é importante para a imunidade, saúde óssea e equilíbrio hídrico do organismo. Apesar da falta de estudos clínicos específicos, existem compostos com potencial terapêutico, sendo utilizado em algumas culturas para fortalecer o corpo.
O jambu é conhecido também como agrião da Amazônia, agrião do Pará e agrião bravo. Estudos indicam que seus efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes são especialmente significativos devido à presença de vitamina C e flavonoides, que combatem os radicais livres.
Efeitos terapêuticos do jambu
O espilantol atua como anestésico natural, contribuindo para o alívio de dores bucais e de garganta. Os principais benefícios do chá de jambu incluem:
– Combate a infecções na boca e garganta;
– Melhora da digestão;
– Combate à prisão de ventre;
– Prevenção de anemia;
– Auxílio na perda de peso;
– Prevenção do envelhecimento precoce.
Cuidados e contraindicações
Embora o chá de jambu ofereça benefícios, é importante consumir com moderação. O espilantol pode causar desconfortos em quantidades elevadas, como náuseas e irritação. Nutricionistas recomendam limitar a ingestão a uma xícara de 200 ml por dia e intercalar com outros diuréticos.
Certos grupos devem evitar o consumo ou fazê-lo apenas com supervisão médica, incluindo:
– Pessoas com hipertensão, devido à interação possível com medicamentos;
– Gestantes e lactantes, pois a segurança do jambu não é comprovada nessa fase;
– Pessoas com pressão baixa, pois pode causar queda na pressão arterial.
O efeito anestésico do jambu tende a ser localizado na mucosa oral, sem grandes impactos no trato gastrointestinal, embora pessoas sensíveis possam sentir desconforto em caso de consumo excessivo.