No Sul de Minas, a região enfrenta um aumento significativo nas internações por doenças respiratórias, liderando o estado em hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Entre janeiro e abril de 2023, 4.422 internações foram registradas, correspondendo a 16,4% do total de 26.786 internações em Minas Gerais, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Importância das internações
Embora o Sul de Minas reporte o maior número de internações, as principais cidades da região não aparecem entre as líderes estaduais. Pouso Alegre, com 255 internações, e Passos, com 147, estão longe das cifras apresentadas por Belo Horizonte, que contabiliza 2.669 internações, equivalendo a quase 10% do total do estado. Outras cidades significativas incluem Uberlândia (1.285), Montes Claros (537), Juiz de Fora (531) e Ipatinga (419).
Grupo vulnerável
Os dados revelam que idosos e crianças são os grupos mais vulneráveis. Aqueles com mais de 60 anos representam 66,2% das internações no Sul de Minas, sendo os octogenários os mais afetados, seguidos por idosos entre 70 e 79 anos. As crianças, principalmente menores de um ano, correspondem a quase 20% das hospitalizações na região, evidenciando a necessidade de atenção a esses grupos.
Medidas de saúde
Em resposta ao aumento de casos, o governo de Minas implementou a abertura de 12 leitos semi-intensivos no Hospital Infantil João Paulo II, visando atender casos de bronquiolite em crianças. A capacidade da unidade é flexível, com a possibilidade de ativar 10 leitos adicionais de terapia intensiva pediátrica, conforme a demanda.
Embora o Sul de Minas tenha altos números de internações, até o momento, nenhuma cidade na região decretou estado de emergência em saúde. Contudo, o governador Romeu Zema assinou um decreto de emergência de saúde pública para todo o estado, com validade de 180 dias, permitindo a implementação de medidas emergenciais e o acesso a recursos federais.
Cenário na Grande BH
A Região Metropolitana de Belo Horizonte segue de perto, com 4.278 internações no mesmo período. A cidade de Santa Luzia, que enfrenta falta de leitos pediátricos, é uma das últimas a declarar estado de emergência, com 160 internações, das quais 60% são referentes a idosos.
Na capital, Belo Horizonte lidera em internações por síndromes respiratórias, com uma crescente demanda por leitos pediátricos, que resultou na abertura de novos leitos em hospitais locais como parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Respiratórias.
Situação geral em Minas Gerais
O Norte de Minas ocupa a terceira posição em hospitalizações, com 2.780 casos. Montes Claros é a cidade que mais contribui para esses números, destacando-se em registros estaduais. O Triângulo Mineiro também enfrenta um aumento das internações, com Uberlândia se destacando como o segundo maior foco.
Atualmente, Minas Gerais contabiliza 26.786 internações por SRAG e 334 mortes por doenças respiratórias em 2023. A maioria das internações ocorre entre os menores de um ano e os idosos acima de 60 anos, que são as faixas etárias mais vulneráveis.
Regiões mais afetadas em Minas Gerais:
1. Sul de Minas: 4.422 internações
2. Grande BH: 4.278 internações
3. Norte de Minas: 2.780 internações
4. Triângulo Mineiro: 2.713 internações
5. Zona da Mata: 2.583 internações